Dia da Família na Escola realizada na escola José Borges da Silva
Um resultado positivo para Covid-19 e a enfermeira da Unidade Básica de Saúde Anita Garibaldi, Camila Ambrósio Amorim Moreira passou de profissional da saúde da linha de frente a paciente.
Segundo ela, a primeira reação foi de não acreditar, seguido de uma grande culpa por não saber onde houve a contaminação e porque não podia se ausentar do trabalho em virtude da situação de pandemia.
A situação se agravou ainda mais, quando as filhas Joana e Isabela testaram positivo e, neste momento, entrou o fator preocupação de mãe, as noites em claro e insônia, e a espera do tempo certo para a realização do teste nos pais, não tornou as coisas mais fáceis. "Por ser profissional da saúde, as coisas têm uma dimensão ainda maior, os sintomas são acompanhados momento a momento, o que aumenta a angústia, pois estudamos todos os dias sobre o coronavírus e suas manifestações. De uma pessoa sem nenhum sintoma, no 12º dia se apresentaram todos eles, e a espera pela alta do isolamento precisou passar dos 14 dias para os 20 dias", comenta Camila, enfatizando, também, que não podem afirmar que venceram a Covid, pois para ela é tudo muito incerto ainda. "Estamos as três recuperadas, mas ainda sinto medo. Foram noites em claro, sintomas terríveis, coração de mãe apertado, coração de profissional angustiado. Mas também apareceram anjos na minha vida, que fizeram com que esses dias não ficassem tão difíceis, os quais agradeço de coração, por cada atitude, cada palavra, cada ligação, cada oração.... Deus vai saber recompensar. Estou de volta, com mais força ainda e pronta para encarar o tão falado inimigo invisível. Hoje entendo, mais do que nunca, o que os pacientes nos relatam, e reforço a necessidade de todos os cuidados. Não desejo esta contaminação a ninguém, os sintomas são terríveis. O apoio do meu marido, da família e amigos, a fé e todos os cuidados me mantiveram de pé e vamos continuar na luta", finaliza.
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