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Desafios de ser mãe e enfermeira em meio à pandemia
O mês de maio celebra datas especiais. Duas delas são: Dia das Mães e Dia da Enfermagem (12 de maio). Num cenário como o atual, de pandemia, conciliar essas duas missões: ser mãe e enfermeira, tornou-se ainda mais desafiador.
Jubiele Finger, moradora do município de Campo Belo do Sul, é casada com Luciano Borges e mãe de dois filhos: Arthur, de 12 anos, e Otavio, de 10 anos.
Dois meses antes do nascimento do primeiro filho, Jubiele realizava a sonhada formatura no Curso de Graduação em Enfermagem pela Universidade do Planalto Catarinense (UNIPLAC). Atualmente ela trabalha como enfermeira da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Belo do Sul.
No decorrer da carreira profissional são muitas histórias e experiências, mas em especial ser enfermeira em meio a uma pandemia, conciliar o cuidado com os filhos e ainda ser uma vencedora da COVID.
Correio dos Lagos - Por que escolheu a Enfermagem?
Jubiele Finger - Eu sempre digo que não fui eu que escolhi a enfermagem foi ela que me escolheu. Através dela posso expressar o meu cuidado e dedicação ao próximo com muito amor.
Correio dos Lagos - O que mudou para os profissionais da enfermagem com a pandemia?
Jubiele - Mudou nossa rotina, tivemos que nos adaptar, estudar, enfrentar o medo, angústia em relação ao novo, não sabíamos como seria dali pra frente, mas trouxe muita união e fortalecimento das nossas equipes. Sempre digo para os meus colegas de trabalho que foi e está sendo um tempo mágico, tempo de se redescobrir como profissional.
Correio dos Lagos - Como é conciliar a rotina de trabalho (vivendo uma pandemia) com a vida pessoal, principalmente na missão de mãe? A pandemia mudou a convivência com os filhos?
Jubiele - Mudou pouco, mas sempre tive e tenho o apoio do meu marido. Quando ele está em casa ajuda, aliás, ele que toma o controle da rotina familiar. Tenho também muita gratidão pela minha funcionária Thais, que trabalha há anos comigo e sempre posso contar com a ajuda dela. Muitas vezes saio para trabalhar as 08h e volto somente depois das 17h, não venho para casa almoçar, até para evitar que minha família tenha contato comigo (ainda mais quando é minha semana de trabalhar no Centro de Triagem). Como mãe, não consigo algumas vezes ajudar nas tarefas escolares, mas sempre que posso estou presente. Sinto que me distanciei um pouco dos meus filhos, mas é preciso para o próprio bem deles.
Correio dos Lagos - Quando recebeu o diagnóstico que estava com COVID, como foi enfrentar o vírus? Mais alguém da sua família contraiu o coronavírus?
Jubiele - Soube que estava com COVID-19 porque os funcionários da Secretaria Municipal de Saúde foram todos testados, eu estava assintomática, mas quando recebi o resultado passaram várias coisas pela minha cabeça, mas principalmente muito medo de passar para os meus familiares. Eles tiveram alguns sintomas, mas não foi realizado teste para confirmar.
Correio dos Lagos - Além da Enfermagem, está atuando na área de terapias alternativas. Há relação entre elas? O que consiste terapias alternativas?
Jubiele - Faz mais ou menos 1 ano e meio que procurei algumas terapias para me ajudar e enfrentar esse medo, ansiedade, preocupação e muito estresse que a pandemia trouxe. Senti que, para poder cuidar do outro, eu preciso estar bem. Então me conectei com a família de alma e comecei a fazer cursos nas áreas das terapias alternativas e holísticas e estou muito feliz em poder ajudar as pessoas assim como eu fui ajudada. As terapias são práticas terapêuticas complementares aos tratamentos de saúde. Tenho vários cursos, algumas técnicas utilizo no dia a dia com meus pacientes quando eles estão dispostos a receber.
Correio dos Lagos - Apesar das dificuldades diante do cenário atual da saúde, o que mais te motiva e orgulha na profissão de enfermeira? O que essa profissão representa para você e para a sociedade?
Jubiele - O que me motiva é orgulho, união e companheirismo da nossa equipe, da nossa gestão e muitas vezes também a gratidão do nosso povo campo-belense quando somos elogiados. Isso nos fortalece e muito. A enfermagem representa para mim minha missão de vida, maneira que posso ajudar e contribuir com a sociedade e com a vida das pessoas, dando a elas muito amor e dedicação.
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