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Dezoito anos... E agora?

Na adolescência e, principalmente, quando fazemos 18 anos, nos deparamos com uma grande dúvida, talvez o maior dilema dessa fase da nossa vida.

Na adolescência e, principalmente, quando fazemos 18 anos, nos deparamos com uma grande dúvida, talvez o maior dilema dessa fase da nossa vida. Algo mais importante do que a cura para as espinhas e de como conseguir pegar a gata mais cobiçada da cidade. Já deu pra ver que é serio mesmo! Durante toda a juventude somos atormentados por essa dúvida: estamos na época de estudar, trabalhar e planejar o futuro, ou de aproveitar a vida ao máximo? O que você acha leitor?

Eu aconselho quem está com esse dilema a tentar buscar um meio-termo. Sei que é difícil alcançar o equilíbrio entre esses modos de vida tão opostos. Mas não é impossível conciliar estudos e/ou trabalho com baladas e festas. É claro que dificilmente você conseguirá ser um estudante 100% aplicado e um maluco estilo American Pie ao mesmo tempo. Mas diminuirão suas chances de chegar aos quarenta anos e sentir aquele remorso de não ter aproveitado a vida, situação comum a cdfs e pessoas que se casam antes dos 22 anos. Ou, se optar pelo outro caminho, o arriscado, aumentarão as suas chances de chegar aos quarenta anos.

Não se deixe levar pela loucura de viver para trabalhar e conseguir se dar bem na vida a qualquer custo. Mais importante do que vencer no mercado de trabalho, é trabalhar com o que você gosta. Fazer do seu trabalho um prazer, mas sem exagero. Nunca confundir a sua vida com a sua carreira. (falei como um sábio grego agora).

Quando somos crianças, temos talvez o álibi da inocência para justificar nossa despreocupação com o futuro, em média nossos planos nunca são para mais que os próximos cinco minutos. Durante a adolescência essa idéia pode ser fortalecida com a vontade que sentimos de confrontar os valores sociais, de ir contra a correnteza. Chega, para alguns, a tomar ares de uma filosofia de vida. Quem, ao assistir um filme como "American Pie" ou "Na natureza selvagem" não se sentiu motivado a agir como os protagonistas, isto é, fazer o que tem vontade, sem se preocupar com o amanhã? Ou ao ouvir a filosofia de Cazuza de "prefiro viver dez anos a mil por hora, do que mil anos a dez por hora" não sentiu uma vontade súbita de viver a vida intensamente? Seus pais naturalmente abominam tais idéias e lhe aconselham sempre a pensar no futuro. A verdade é que fazer dezoito anos não é exatamente uma garantia de conquista de liberdade. Quem tinha restrições para fazer coisas enquanto menor de idade continuará a tê-las, a menos que deixe de depender dos pais. Já coisas como dirigir o carro do pai, a maioria já faz isso desde os quinze anos, a diferença é que podem tirar a habilitação. Podem comprar bebidas alcoólicas livremente, sendo que já bebem desde os dezesseis. Podem comprar pornografia, embora a maioria dos garotos a descubra antes dos doze anos. E agora, por qualquer delito, quem vai preso é você e não o seu pai. Mas os ícones da juventude continuam sendo aqueles que vivem intensamente. E morrem cedo.

 

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