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DJ: a profissão que irradia alegria

Entrevista especial com DJs da Região dos Lagos: Fernando e Nylcynho

  Música, diversão... Difícil quem não gosta de se distrair com os amigos e/ou a família em uma festa. Mas no contexto está um profissional que faz toda a diferença: o DJ.
  O dia 9 de março é dedicado a esses profissionais que fazem a alegria das pessoas, e por isso trazemos nessa edição, duas histórias de DJs, um que está atuando, Fernando, e outro que há alguns anos guardou os equipamentos, Nylcynho, mas que permanece com o mesmo encanto pela profissão e pensa em voltar.

Fernando Eduardo do Amaral Galafass

Natural de Tangará/SC, Fernando, 38 anos, morou por alguns anos em Abdon Batista e atualmente reside em Campos Novos.

Como surgiu o seu interesse pela música a ser levada como um ramo profissional?
  Na realidade sempre fui apaixonado pelo entretenimento em geral, música, cinema, teatro, eventos. Mas essa é uma história que começou na adolescência, em Abdon Batista, onde os amigos se reuniam para jogar truco junto de um "potente" som com "as melhores da Jovem Pan". As tardes de domingo eram de pura diversão, uma mistura de coca-cola com vinho colonial fazia a nossa alegria. No meio de toda essa felicidade surgiam os desejos de cada um. Um carro com aquele "baita" som ou então um sistema profissional de som parecido com o da "98 FM" (agora Movimento FM) que fazia as festas da garota estudantil.
Até que o tempo foi passando e cada um seguiu o seu caminho, mas nunca deixando de lado a amizade e o carinho que a gente sentia um pelo outro. E nessas idas e vindas, voltamos a nos encontrar e o sonho de montar algo na área de eventos sempre esteve junto. Até que o destino fez com que eu voltasse para Abdon Batista.
Com a coragem no peito, o "auxílio" de um banco e a vontade de ouvir um som alto de ótima qualidade coloquei, junto de dois amigos (Celio e Lucas), a "cara para bater". Realizamos nosso sonho e montamos a Strong Sonorização. Onde pude comprar equipamento para tentar trabalhar como DJ.

Como foram os primeiros "passos" da sua carreira?
  No início foi engraçado, eu nem sabia usar o equipamento, apenas abaixar e levantar o volume, mas assim mesmo era quase uma realização. Até que eu encontrei uma escola de DJ em Curitiba/PR, e durante um mês e meio, nos finais de semana, ia até a Yellow DJ Acadmy aprender um pouco, e foi lá onde eu realmente entendi o que é ser DJ, e que não é simplesmente colocar uma música e deixar ela tocar. Existem muito fatores para que isso aconteça, se realmente você quer ser um profissional de verdade. Sendo um DJ amador e de pequenos eventos, festas, formaturas, casamentos, aniversários, através do curso pude entender um pouco mais de como se portar em um palco, e como deveria soltar as músicas.

Quais são as dificuldades desse ramo?
  A profissão de DJ nunca esteve tão em alta. Em época de festas cada vez mais eletrônicas ou que possuem apenas alguém comandando a lista de músicas, já que ter uma banda ao vivo às vezes pode sair caro. Mas acredito que a primeira dificuldade é você ter equipamentos de qualidade, algo que não é nem um pouco barato. Equipamentos de alto padrão fazem toda diferença na hora de você fazer uma música rodar. Mas aí junto disso vem outro problema, às vezes você consegue ter um grande padrão de equipamentos, mas chega num lugar e a qualidade sonora acaba não sendo a esperada e todo o equipamento que você possui acaba não fazendo diferença e o DJ não consegue fazer a "performance" que gostaria. Para DJs locais e regionais eu considero a maior dificuldade a valorização financeira do profissional, pois muita gente considera que um DJ apenas passa uma música atrás da outra, mas para aquele realmente ama a profissão e gosta de ver o público respondendo as suas músicas, não é assim que funciona.

O que mais lhe cativa em ser DJ?
  Em resumo, o DJ é um apreciador, profundo conhecedor e colecionador musical. Mas o que mais me impressiona e me fascina nos grandes DJs é ver que em shows e festivais, uma única pessoa em um palco enorme, cheio de luzes e efeitos, faz um público de milhares de pessoas se divertirem sem parar.

Que aspectos de perfil são essenciais para ser DJ?
  Ser DJ é fácil, mas ser bom requer dedicação como qualquer outra atividade, profissão, esporte ou hobby. São justamente os obstáculos, as dificuldades e o fato de vencer, superar e adquirir conhecimento e diferencial que tornam as coisas interessantes e sedutoras. E alguém que realmente gostaria de ser DJ por profissão tem que se dedicar muito mesmo, para isso você não poderá apenas tocar a música dos outros artistas, mas deverá produzir as suas próprias músicas e para isso leva tempo e muito trabalho e conhecimento. 

Quem mais lhe incentivou a seguir essa profissão?
  Não posso dizer que eu tive um incentivo, mas foi algo que eu gostaria de fazer e fiz, e quando você vê uma galera se divertido na sua frente com o som que você está colocando é muito legal. Sou apenas um DJ amador de festas e eventos pequenos e tudo começou com a vontade de fazer eventos, ver a galera se divertir e com a ajuda de dois amigos fui atrás de um pouco de conhecimento e sempre que posso busco mais e procuro conversar com DJ conhecidos.

Qual o maior público que você já se apresentou? Onde?
  Foi em Abdon Batista na primeira vez que apresentamos nosso som e equipamentos. Foi no dia 18 de fevereiro de 2012, no carnaval, mas nós estávamos em três no palco: eu, Celio e Lucas. Tenho até hoje uma matéria feita pelo Correio dos Lagos em que cita "um super som" (risos). Só não sei dizer ao certo quantas pessoas estavam presentes.

Quais são seus projetos futuros neste meio?
  Estou me dedicando com maior ênfase na publicidade, mas nunca deixo de dar uma treinada ou ensaiada em casa. Quero me aprofundar, por vontade pessoal, na música eletrônica, algo que gosto muito. Não tenho com me aprimorar na produção musical apesar de achar que é essencial para um DJ, hoje faço isso por paixão e hobby e sempre que me convidarem para animar uma festa estarei lá.

 

Nylcynho Mota

  Ao todo foram 13 dedicados à profissão de DJ. Nylcynho, natural de Anita Garibaldi, tinha 14 anos quando recebeu o convite para tocar uma festa na Big Star, danceteria que reunia um grande público de toda a região. Por trabalhar em rádio desde essa época, o jovem aceitou o convite e foi se encantando pela profissão, buscando aperfeiçoasse na área.
  Ele relembra alguns dos aspectos que lhe marcaram positivamente ao atuar na área: "Sentir a energia do público pelo som era muito contagiante. Toquei para grandes festas na Big Star ao embalo dos sucessos musicais dos anos 90", relembra.
  Segundo ele, um dos desafios era manter sempre a pista embalada, animada e chamando mais gente para dançar. "Outro ponto era conseguir estar sempre tocando para as pessoas as músicas que estavam realmente na mente da galera. A música que era sucesso naquele momento. Antigamente o acesso a todo aquele material era muito difícil, por não ter a modernidade que temos hoje", lembra.
  Após o fechamento da Big Star, Nylcynho ainda atuou na Usinas Club, também em Anita, mas logo decidiu guardar os CDs. Porém a vontade voltar é grande, visto que mesmo com o passar do tempo, ele permanece com o mesmo encanto pela profissão. Nylcynho tem planos para num futuro breve reativar a grande paixão de DJ, restaurando a estrutura de sonorização para fazer festas diferentes, não mais da forma como era. 

 

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