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Do fumo à plantação orgânica

Já se passaram dois anos desde que Célio Francisco de Oliveira, 59 anos, iniciou em 1,5 hectares de terra a sua horta orgânica. No espaço que há anos só se via fumo, hoje dá lugar a alfaces, beterrabas, cenouras, repolhos e as mais de 15 variedades de hortaliças produzidas totalmente sem agrotóxicos, se tornando um produto 100% orgânico, comprovado através de certificação que iniciou o processo com o Instituto Vianei, Ecosserra e hoje é certificado através da Rede Eco Vida.
Mas aí você deve estar se perguntando: uma terra que era utilizada para o plantio de fumo, o qual utiliza grandes quantidades de agrotóxicos, como agora pode ser utilizada para produção orgânica? De lá para cá muita coisa mudou e muitos cuidados foram tomados com a preparação do solo. Após o cultivo do fumo, seu Célio se dedicou ao leite e nessas terras eram plantadas pastagens para alimentar os animais. Com a saída dos filhos de casa para estudar e seguir o rumo da vida, seu Célio ficou praticamente sozinho e a atividade leiteira já se tornava inviável.Foi quando ouvindo falar que produtos orgânicos seriam uma boa alternativa de renda, ele resolveu investir na atividade.
Ele lembra que procurou a Epagri de Campos Novos, que já desenvolvia projetos na área, e ali começou a tirar todas as dúvidas e contar com o apoio dos técnicos. Foi necessário aguardar um ano até que a terra estivesse própria para o plantio. 
E quem pensa que trabalhar com hortaliças é algo fácil se engana. Seu Célio diz que o trabalho é diário, que quando está colhendo de uma lado, já está plantando de outro. A venda é realizada duas vezes por semana, nas terças e sextas - feiras na cidade de Anita Garibaldi. Toda manhã ele pega sua camionete, carrega com os produtos e percorre as casas e comércios, por ter qualidade e preço acessível, apesar de ser produtos orgânicos, seu Célio já tem os consumidores fixos e fiéis. "Eu produzo de tudo e planto ao gosto do freguês, sempre procurando ter uma produção à altura do consumo, pois trabalho praticamente sozinho", comenta o produtor, destacando que ainda o valor do produto orgânico não é diferenciado, por isso ele prefere vender de porta em porta, pois consegue agregar valor ao produto. Perguntado se pretende ampliar a produção, ele destaca que o mercado está em expansão e tendo a qualidade dos produtos, conquista mais clientes, tendo potencial para ampliar um pouco mais a produção.
O carro chefe entre os produtos é a alface, produzida em três variedades são colhidos e entregue aproximadamente 1.200 pés por mês e a conquista do consumidor é através da qualidade. "O consumidor sempre quer novidades, está sendo mais cuidadoso com a alimentação e está mais exigente com a procedência dos produtos. Fui conquistando o consumidor e um foi indicando para o outro, pois consumiram o produto e gostaram", comentou seu Célio, que também realiza um trabalho de preservação ambiental e faz questão de demonstrar isso. Como exemplo são as visitas realizadas pelos alunos de Celso Ramos. Eles percorrem a horta, ouvem as explicações de seu Célio, que faz questão de recebê - los em sua propriedade e para quem quer adquirir seus produtos pode entrar em contato pelo fone (49) 99819-2434 ou pelo facebook do seu filho Fernando Henrique Oliveira.
Célio é natural de Anita Garibaldi, residiu na cidade até 1984 quando decidiu ir para o interior para ter uma vida mais tranquila. É casado com Zelita Maria de Oliveira com quem tem três filhos.

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