?por não ter uma moradia e por promessas que não foram cumpridas em épocas de eleição, que diziam que dariam uma casa para nós?, explicou
Duas famílias estão morando nas antigas instalações do Centro de Educação Infantil Anir Dalmora no Bairro Borges, em Anita Garibaldi.
Célio Dutra, a esposa e as duas filhas passaram a residir no local em 30 de janeiro do corrente ano. Segundo Célio, foram dois os motivos que levarão a família a passar a morar na antiga escola: “por não ter uma moradia e por promessas que não foram cumpridas em épocas de eleição, que diziam que dariam uma casa para nós”, explicou.
O pai de família trabalha por dia, e a esposa está grávida, a qual contou nunca ter trabalhado em outro local, além do lar. “Não temos nenhum tipo de apoio, nem o Bolsa Família conseguimos para as filhas. Tentamos várias vezes, mas não deu certo. Se tivéssemos esse recurso não precisávamos estar aqui ocupando essas salas”, disse Dutra.
Célio morava de aluguel na casa de sua irmã no Bairro Borges, mas não teve mais condições de pagar, e ainda a casa seria ocupada.
Vendo o local vazio, decidirão então utilizá-lo como residência.
No início de fevereiro outra família chegou ao espaço público. Neusa Aparecida Rosa de Almeida tem 33 anos, é separada e tem duas filhas, uma de 12 e outra de 6 anos, morando em duas das salas da antiga creche. Ela é natural da comunidade de Laje de Pedra, interior de Celso Ramos, mas residia em Capinzal, no Oeste de Santa Catarina.
Sem ter condições financeiras de pagar o aluguel da casa onde morava, decidiu vim para Anita e se alojar no espaço público. Local este que ela não pretende sair: “pretendemos continuar aqui, porque não temos para onde ir. Na rua eu e minhas filhas não vamos poder ficar. Eu estou desempregada, recebo a pensão e Bolsa Família das meninas, mas não tenho condições de alugar uma casa e manter a família”, contou, a qual disse sobre o zelo com os materiais que estavam no local, explicando que nada foi estragado.
Célio mostrou os arredores do espaço, e contou que o matem bem cuidado.
Perguntados se tiveram alguma posição por parte da Administração Municipal, as famílias disseram que colaboradores da Secretaria Municipal de Assistência Social estiveram no local, mas que falarão com o prefeito Ivonir Fernandes para decidirem sobre o que poderão fazer, a fim de resolver as situações. “Ainda não falaram o que vão fazer com a gente, se vão arrumar outro local ou vão deixar aqui mesmo”, contou Célio, que disse que aguardarão a decisão. “Se ganharmos a casa saímos, se não vamos continuar aqui. Não temos como sair para rua com crianças”.
Segundo o secretário de Assistência Social, Ananinas Hubner, a reunião com o prefeito está marcada para quinta-feira (18), na qual serão tomadas as decisões cabíveis.
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