Foram dez famílias que lá chegaram e fixaram residência. Isso aconteceu no ano de 1934, vindos do Rio Grande do Sul. O primeiro a chegar no município foi João Comin que encontrou as terras e começou a fazer negócios e vendê-las. Depois vieram João Ambrosio, Máximo Ambrosio e Marino Suppi.

João Comin não chegou a morar no local apenas negociou as terras que mais tarde levaria o nome de Celso Ramos em homenagem ao governador do Estado de Santa Catarina.

O ano de 1934 foi marcado pela vinda das famílias. As mudanças eram trazidas do estado vizinho no lombo das mulas e levavam dias para chegar ao destino.

Encontradas as terras, os primeiros colonizadores começaram a montar o acampamento que serviria de abrigo e moradia para todas as famílias que começavam a chegar. Os próximos moradores foram: Ernesto Comin, Pedro Grassi, Racieri Comin, Francisco Grassi, João Pelozato, Lorenço Grassi e Cesário Scain.

O primeiro acampamento foi construído às margens do Lajeado dos Canudos, hoje o local fica distante cerca de 1km do centro do município.

Para lembrar e homenagear essas famílias que deram início à história de Celso Ramos, um dos descendente dessas terras, Bepe Comin, que ali chegou quando tinha 8 anos de idade, organizou junto à secretaria de Cultura do município uma placa que sinaliza o início da colonização.

A secretária de Cultura e turismo do município, Cleusa Patel Guarda, foi uma das incentivadoras e junto ao seu Bepe e outros descendentes conseguiram fazer com que o local fosse reconhecido como o marco de início do município o que segundo ela, é muito interessante pois valoriza a história. "Foi a partir deles que tudo começou", comentou.

Para a inauguração da placa, que aconteceu na terça-feira (24), foram convidados alguns descendentes das famílias e autoridades do município.

Segundo a prefeita Inês Schons, "é uma emoção e é gratificante ver a emoção dos descendentes. Agradeço a ideia que tiveram pois é uma forma de reconhecimento e agradecimento. Por causa deles temos a nossa história para contar aos nossos filhos e netos", comentou.

Muitas histórias rodeiam aquelas terras, porém uma que merece destaque é de dona Esterina Grassi Patel que no ano de 1936 nasceu naquela localidade. Dona Esterina conta que no dia que nasceu chovia muito e seus pais improvisaram uma capa de chuva para que a mesma não a molhasse. "Eu nasci no acampamento embaixo de uma capa de chuva, daquelas de animal", comentou dona Esterina que além dessa tem muitas outras histórias para contar.

Com a fixação da placa será possível apresentar a toda a população o local exato onde tudo começou.