Há seis meses o espaço deixou de ser utilizado devido ao risco que oferece.

  Quem passa pela Rua Elgida Barbosa Ramos, em Anita Garibaldi, encontra o Centro Histórico Cultural Bradamante Salmória. Um patrimônio público, que se trata da antiga igreja da comunidade de Santa Ana, a qual foi restituída e agora está passando por uma lastimável situação.

  Há seis meses o espaço não pôde mais ser utilizado para atividades, pois a estrutura está comprometida. O tempo e a falta de manutenção estão visíveis através dos estragos na estrutura.

  Diante disso, o prefeito João Cidinei da Silva, informou que pretende, em breve, reformar totalmente o Centro Cultural. "Em fevereiro iremos iniciar a reforma, e posteriormente trazer a Biblioteca Municipal para este local. Nossa ideia já era colocar a biblioteca neste espaço, mas devido à estrutura estar muito danificada, não tivemos condições", disse o prefeito. Sobre o recurso para a reforma, João explica que foram elaborados projetos solicitando apoio de empresas, mas mesmo sem ajuda externa, a reforma será realizada, no caso, com recursos próprios do munícipio.

  A secretária de Educação, Cultura e Turismo, Rosane Rodrigues, relata a importância do Centro Cultural. "É um espaço onde se preserva a história e a memória do nosso município, além de ser um ponto turístico. É muito grande a necessidade de reformá-lo, pois nossa intenção é ampliar os trabalhos relacionados à cultura de Anita, usufruindo dos recursos que temos através do Centro Cultural", justificou.

Sobre o Centro Histórico Cultural

  O nome do Centro Histórico Cultural é em homenagem a professora Bradamante Salmória.

  O próprio espaço já é uma das peças do museu, sendo uma igreja que ficava na comunidade de Santa Ana, que foi parcialmente alagada pelo lago da Usina Hidrelétrica Campos Novos. Devido a formação do lago, a ENERCAN preocupou-se em preservar o patrimônio religioso onde transferiu a igreja para o centro da cidade. 

  Hoje abriga um acervo composto em sua grande maioria por fotografias, separadas em murais temáticos, onde eles abordam desde os aspectos religiosos, educacionais, famílias, primeiros donos do lugar, tropeiros, as lutas, os monges, entre outros. Há ainda relíquias indígenas e imagens dos sítios arqueológicos descobertos no município durante as obras da Usina Hidrelétrica Campos Novos.

  O local também proporciona a realização de exposições, reuniões comunitárias, apresentações musicais e teatrais, projeções audiovisuais, cursos, palestras, ensaios, seminários, etc.