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Fecomércio: volume de vendas no comércio cresce menos nos últimos anos

 O resultado da Pesquisa do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que, em Santa Catarina, no acumulado de 12 meses, o volume de vendas cresceu 2,94%, diminuição de 0,24p.p. na comparação com outubro (onde o acumulado havia sido de 3,19%), e a receita nominal 11,14%, perda de 0,39p.p. na mesma comparação anterior, mostrando uma desaceleração nas vendas.

Na comparação mensal, o volume de vendas cresceu 4,21% e a receita nominal 10,36%, ambos em novembro na comparação com outubro de 2013.

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio SC), o processo de perda de fôlego do comércio no Estado e no Brasil continua se aprofundando. Em Santa Catarina, enquanto que em 2012 o volume de vendas crescia em média 8% ao ano, o dado acumulado nos últimos 12 meses foi de modestos 2,94%.
Por trás desta desaceleração estão a expansão mais contida da renda das famílias, o aumento dos juros e o elevado nível de endividamento, sendo que os dois últimos estão trazendo uma expressiva desaceleração das concessões de crédito.

Para 2014, o cenário deve se estabilizar, com um pequeno crescimento em função da Copa do Mundo, porém não suficiente para recuperar as elevadas taxas de crescimento do setor que vigoravam até o ano de 2012.

Comércio no país tem seu nono crescimento mensal

Em novembro, na série com ajuste sazonal, o volume de vendas do comércio varejista do país cresceu 0,7% e a receita nominal, 1,1% em relação a outubro. O volume de vendas teve seu nono mês consecutivo de crescimento, enquanto a receita nominal se mantém em alta desde março de 2012.

Em relação a novembro de 2012, as variações foram de 7,0% para o volume e de 13,8% para a receita. Os acumulados no ano e nos últimos 12 meses, respectivamente, foram 4,3% e 4,4% para o volume de vendas e 12,0% e 11,9% na receita nominal.

O volume de vendas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 5,7% em relação a novembro de 2012 e continua exercendo o principal impacto (40%) sobre o varejo. Entretanto, a despeito do aumento do poder de compra da população, a atividade continua abaixo da média, refletindo os preços do setor que, nos últimos doze meses, cresceram acima da inflação.

Móveis e eletrodomésticos cresceu 9,1% sobre novembro de 2012 e exerceu a segunda maior influência no resultado do varejo (17%). Mesmo com as alíquotas de IPI para a linha branca e para móveis sendo gradualmente repostas desde outubro, o setor mostrou resultado superior à média, devido ao crescimento da renda.

Comércio varejista ampliado também cresce

O volume de vendas do comércio varejista ampliado – que inclui os setores de material de construção e veículos automotores, além do varejo tradicional – cresceu 5,7% em relação a novembro de 2012, mais que o dobro da taxa observada em outubro (2,2%).
Esse desempenho foi afetado pelo aumento do ritmo das vendas de veículos, motos, partes e peças: 3,3% sobre novembro do ano passado, depois de cair 4,4% em outubro. 
Tal comportamento pode ser atribuído à antecipação de compras diante da expectativa de reposição parcial das alíquotas de IPI a partir de janeiro de 2014. O varejo ampliado acumula altas de 1,5% no ano e de 2,0% nos últimos 12 meses.
 

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