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Guerreiras contra o câncer

Todos os anos, no mês de outubro, buscamos contar a história de alguma mulher que tenha enfrentado o câncer, em alusão a Campanha Outubro Rosa. Neste ano elaboramos um pouco diferente, ampliando de uma entrevista para quatro.

Em nossa Página no Facebook, postamos de segunda a quarta-feira, três entrevistas em vídeo, sendo uma por dia, com Ema de Lourensi Fernandes, Tereza Zanandréia Martello e Lenaíde Maria Gehrke Gomes, por meio de uma parceria entre o Jornal Correio dos Lagos e a Secretaria Municipal de Saúde de Anita Garibaldi, através da fisioterapeuta Bianca Neves.

A quarta entrevista é exclusiva para o jornal impresso, e provavelmente irá lhe surpreender, trata-se justamente da nossa parceira nessa reportagem, Bianca Neves. Quando lhe procuramos para pedir apoio e contato de mulheres que tiveram câncer, descobrimos através da sua emoção que ela é uma dessas guerreiras.

Quatro mulheres moradoras de Anita Garibaldi, mães, guerreiras e vencedoras de uma das batalhas mais difíceis, que é enfrentar um câncer. Assista aos vídeos na Fanpage do Correio dos Lagos com Ema, Tereza e Lenaíde, de histórias emocionantes e encorajadoras. E acompanhe aqui o depoimento de Bianca, que venceu o câncer e ainda foi contemplada com um presente muito especial.

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Bianca Cristina Neves

Um exame de preventivo com alterações, nele escrito: NIC II e III. Uma consulta no outro dia após pegar o exame com ginecologista, um novo exame chamado colposcopia, uma biópsia e assim se confirmou um diagnóstico de câncer de colo do útero no ano de 2009, quando Bianca Cristina Neves tinha 32 anos. "Nesta hora eu já tinha consultado o Google, que aumentou meu desespero. Quando vi o exame, minha primeira reação foi duvidar do mesmo e pensei: está errado. Repeti todos os exames e os resultados foram os mesmos. Nesta hora a enfermeira Rosangela Peterle me olhou nos olhos e, com uma imensa firmeza e serenidade, me disse: 'Olhe para mim Bianca, olhe para mim agora, não pense no resultado. O importante é que tem tratamento, você sabe disso'", relata a fisioterapeuta Bianca.

 Segunda ela, a pior parte foi à espera do resultado da biópsia. "Tudo passa pela cabeça. Tudo. Enquanto não vinha o resultado, eu já fui encaminhada para a cirurgia e fiz um procedimento chamado conização, onde se retira parte ou todo o colo do útero", lembra.

O médico lhe explicou todos os passos e, por se tratar de uma lesão menor que 1 mm e ter descoberto no início, Bianca não precisou fazer radioterapia e nem quimioterapia. "Eu tive medo. Tive medo de morrer. Tive medo de fazer as pessoas perto de mim sofrerem. Chorei. Conversei muito com Santa Rita. Eu sabia que precisava fazer o que tinha que ser feito. Fiz a cirurgia e exames posteriores", comenta.

Ela recebeu a notícia que lhe causou profunda tristeza, de que a probabilidade de engravidar seria praticamente nula, considerando o tamanho da conização a qual precisou realizar. Mas foi surpreendida positivamente: "Realizei inúmeros exames posteriormente, e tudo o que eu esperava ler era 'margens livres de neoplasia'. E assim foi em todos eles. Em 2015 engravidei". A gravidez exigiu repouso e cuidados. "Precisei realizar uma cerclagem e permanecer em repouso absoluto, tomava medicamento de uso contínuo para evitar contrações. Afastei-me de todas as minhas atividades. Em dezembro, nasceu Lorenzo, que chamo de milagre de Deus. Nasceu para tornar nossas vidas completas e nos dar a certeza que a vida continua", descreve emocionada.

Com tudo isso, Bianca diz ter aprendido que cada pessoa possui uma força que é desconhecida, e que há um diagnóstico, mas também há um tratamento e uma cura. "Estou expondo meu relato neste Outubro Rosa, para dizer às pessoas que procurem a Unidade de Saúde e façam os exames, que busquem as orientações. Todos os profissionais que lá trabalham estão preparados para ajudar. Os exames são gratuitos e podem salvar sua vida. As pessoas precisam acreditar que o diagnóstico não é o final da vida. Que não deixe o medo ser maior que a vontade de viver. É difícil? Muito, mas nós superamos. Minha família foi o meu suporte, ficamos mais unidos depois disso tudo. E hoje, após 10 anos ainda faço exames de controle na Unidade de Saúde e todos dão normais. A cura é possível, ela é real", orienta.

Após alguns anos desenvolvendo atividades de cunho social, descobrimos o porquê Bianca está sempre motivada a ajudar: "Hoje eu torno público o motivo: preciso agradecer a Deus pela segunda chance e pelo meu milagre em forma de filho", conclui.


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