A jovem Évellen Rodrigues Nunes de 21 anos, estudante do curso de Letras e moradora do município de Cerro Negro, participou recentemente de uma experiência que segundo ela, mudou a sua forma de olhar a vida.
Uma ação voluntária na Amazônia, que possibilitou viver uma nova cultura e dez dias junto às comunidades ribeirinhas da Amazônia.
"A oportunidade de ir pra Amazônia surgiu em dezembro de 2021, por meio da Associação Catarinense da Igreja Adventista do Sétimo dia. A instituição financiaria a viagem para alguns jovens participarem de uma missão", comentou Évellen.
O objetivo da missão era assistencializar os moradores das comunidades levando atendimento odontológico, além de cestas básicas e brinquedos para as crianças. "Nós também ajudamos a comunidade a terminar a construção de uma igreja e fizemos visitação às famílias com objetivo de evangelizar e conhecer a realidade de cada um", destaca a jovem que realiza trabalhos voluntários desde os 12 anos e diz que pretende continuar fazendo até o final de sua vida. Tanto que no ano que vem vai participar de um voluntariado no Egito. "Sou apaixonada por ajudar e aprender mais com as pessoas".
Perguntada sobre como a experiência de viver esses momentos, a jovem destaca que é muito incrível. "Você sai de uma realidade e vai para outra totalmente diferente, dormimos num barco, nossas refeições eram feitas ali, banho, dormimos em rede pois o calor é forte. O barco tinha capacidade para mais de 30 pessoas. Foi um choque de cultura e realidade muito grande, uma experiência renovadora, as pessoas não têm acesso a saúde, educação, o acesso a cidade é muito difícil, pois é feito somente de barco, mas mesmo assim eles vivem felizes. Voltei de lá outra pessoa, mais feliz, menos egoísta e grata por tudo que tenho, reconhecendo que Deus me deu muita coisa e pude levar um pouquinho de amor e cuidado a eles", enalteceu.
Durante a missão, o grupo esteve em uma aldeia indígena e puderam conhecer a cultura deles, que é muito diferente da cultura vivida por Évellen. "As pessoas são simples e gostam da vida calma que levam, o choque cultural é gigante, já que a nossa realidade é de uma vida agitada e corrida por conta do trabalho", frisa.
A comunidade ribeirinha que Évellen visitou é Bom Jesus do Puduarí, e o nome do instituto responsável por desenvolver o projeto é Instituto de Missões Noroeste. Para quem gosta de trabalhos voluntários e tem interesse em realizar missões como essa, a jovem enfatiza que existem os grupos fechados através da Igreja Adventista, mas também é possível fazer missões abertas, para qualquer público desde que cada um arque com suas despesas.
A jovem cerronegrense deixa uma mensagem: "Sejam voluntários! Aqui, na Amazônia, onde quer que seja. Quando ajudamos alguém, quem sai mais beneficiado somos nós, pois fazer alguém feliz é a melhor forma de encontrar a sua própria felicidade. Eu voltei da Amazônia outra mulher... e a minha versão de agora é muito mais altruísta, empática e completa que a anterior", finaliza.