logo RCN

Laranjas na Região dos Lagos

Pouca gente sabe, mas grande parte do suco de laranja consumido no mundo é brasileiro

 Um dado interessante, quando considerada a forma quase que anônima como o produto é tratado em comparação à exportação suína ou de soja, por exemplo, a qual tem batido recordes históricos. As únicas notícias recentes sobre a laranja brasileira, que tem chamado mais a atenção da mídia, provêm do fato dos Estados Unidos (segundo maior importador brasileiro) ter barrado carregamentos do suco produzido no Brasil, além da adoção de protecionistas que iam contra a importação do suco brasileiro.

Deixando a pirraça americana de lado e voltando aos bons ventos que sopram os pomares brasileiros, pode-se encontrar aqui na Região dos Lagos um grande exemplo de investimento em citricultura, o qual se sustenta principalmente na produção de suco e venda da laranja “in natura.”
No interior de Abdon Batista, na comunidade São Paulinho, às margens do Rio Canoas e a poucos quilômetros do canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Garibaldi, estende-se uma plantação de 120 mil pés de laranjas, uma das maiores plantações de Santa Catarina, e que será quase que totalmente atingida pelas águas do reservatório da usina.
Os pés ainda são novos, sendo que este ano é apenas o segundo de produção, porém estima-se que mil toneladas sejam colhidas nesta safra, o que seria suficiente para encher setenta caminhões, bem diferente do ano passado quando duzentas toneladas foram colhidas. Este ano a produção só não foi ainda maior por que a falta de chuva prejudicou a safra do fruto. Grande parte da safra é levada da propriedade por uma fábrica de polpa processada, na cidade catarinense de São Carlos, a qual aproveita quase que a totalidade do fruto e exporta o suco para os Estados Unidos.
Mais de seis variedades da fruta foram plantadas na propriedade, que foi arrendada por 25 anos. Além de laranja, outras frutas cítricas são cultivadas no local, onde foram investidos quatrocentos mil reais.
Toda a produção é livre de qualquer tipo de agrotóxico, fazendo com que haja um aumento de vinte por cento no valor da fruta, vendida entre vinte e 25 centavos por quilo. O investimento vem da sociedade de Onivaldo Salmória, Anildo Samória, Jair José Brezolin e Ildo João Salmória (conhecido como Pelé), o qual disse que durante esta safra dez pessoas trabalham na colheita, com a ajuda de dois tratores. “Nós plantamos para produzir mesmo”, disse Pelé, rebatendo os comentários de que a plantação teria sido feita para agregar valor às terras atingidas pelo reservatório de Garibaldi.
De acordo com os sócios, há estudos sendo realizados para observar quais variedades tem se adaptado melhor à região. Esta é uma prova de que investimentos nesta cultura valem ser realizados.
 
Católicos da Região dos Lagos enfeitaram ruas no feriado de Corpus Christi Anterior

Católicos da Região dos Lagos enfeitaram ruas no feriado de Corpus Christi

Programa ECOA reúne população em passeio sustentável Próximo

Programa ECOA reúne população em passeio sustentável

Deixe seu comentário