Evento acontece dias 8 e 9 de maio, em Brasília e visa colocar em pauta nacional uma nova forma de produção de alimentos.

  O Senado Federal, em Brasília, será palco do primeiro Seminário Nacional da Agroecologia e Produção Orgânica,  que acontece nos dias 8 e 9 de maio.

O  seminário, promovido pela Frente Parlamentar Mista, que tem a Deputada Luci Choinacki como coordenadora, é realizado em parceria com a Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e pela Vida e visa discutir saúde, renda e sustentabilidade na produção agrícola.

A expectativa da deputada é a de envolver parlamentares, Poder Executivo, movimentos sociais e populares, sindicatos e organizações da sociedade civil, ligadas ao campo, no debate por um novo modelo de agricultura: sustentável e saudável. " Buscamos, também, valorizar a agricultura familiar brasileira, diminuindo o uso de agrotóxicos nos alimentos, já que o Brasil lidera o ranking mundial no uso de veneno nas plantações", pondera Luci Choinacki.

Confira os principais momentos da entrevista exclusiva concedida aos jornais da Adjori/SC pela deputada, em Florianópolis

Coordenadora da Frente Parlamentar Mista pelo Desenvolvimento da Agroecologia e da Produção Orgânica, a deputada federal Luci Choinacki revela grande entusiasmo ao falar sobre a realização do primeiro Seminário Nacional da Agroecologia e Produção Orgânica. “ Nosso principal objetivo é colocar na pauta nacional de discussões uma nova forma de produção de alimentos, que possa gerar renda em harmonia e equilíbrio com a natureza, diz ela.
Luci observa que pesar de ser um mercado promissor, a produção agroecológica e orgânica necessita de ações para inseri-la no centro do debate das políticas públicas de combate à fome e à miséria, na manutenção das famílias no meio rural e na preservação da natureza. . “ O Estado precisa dar suporte para democratizar essa produção que é rentável, sustentável, e saudável”, insiste.

Comissão interministerial
A parlamentar comemora a instalação de uma Comissão Interministerial, com 14 membros, para traçar um Plano Nacional de Políticas Públicas para Produção de produtos Agroecológicos e Orgânicos, cujo papel é definir ações de apoio à essa atividade. “É uma iniciativa inédita por parte do Governo Federal”, acentua. Lembrou que depois do esforço de combate à fome é preciso buscar qualidade na alimentação do povo brasileiro.

Incentivo
Luci acredita que a produção agroecológica e orgânica pode ser desenvolvida em pequenas propriedades rurais, nos assentamentos da Reforma Agrária, nas áreas quilombolas e indígenas. “É um modo de produção que une a família, e que pode manter o jovem na propriedade”, diz ela, “por isso vale todo esforço e incentivo que possa ser dado”, completa. Para a deputada federal, se o jovem não se vincula à terra ele não cria raízes, e a produção agroecológica exige mais atenção à terra e à própria evolução do plantio. “Não é jogar veneno e deixar lá”, exemplifica.

Políticas Públicas
Luci acentua que o financiamento público para esse setor desde os insumos e sementes, é fundamental mas não é só isso. “É necessário muita pesquisa – e temos a Embrapa, com 40 anos de enorme contribuição à pesquisa agropecuária no país - e também assistência técnica e educação, conscientização e certificação para que os produtos cheguem ao consumidor com garantia de origem”, assinala. Ela espera, também, que num futuro não tão distante, a produção orgânica e agroecológica não se limite a hortifrutigranjeiros e chegue à criação de aves e suínos e entre na pauta de compra dos governos. 
 

SERVIÇO

Seminário Nacional da Agroecologia e Produção Orgânica

Dias 8 e 9, no Senado Federal

As inscrições são gratuitas. 
Outras informações: seminarioapo@gmail.com
(61) 3215-5306 | (61) 3215-1306 | (48)3039-0013