Intensificados os preparativos para a Cavalgada da Região dos Lagos
O amor a Deus
O primeiro mandamento do decálogo judaico-cristão prega o amor a Deus sobre todas as coisas.
O primeiro mandamento do decálogo judaico-cristão prega o amor a Deus sobre todas as coisas. O cristão, porém, sabe que é, primeiramente, amado por Deus, a quem chama de Pai. Um Deus maior do que nós, sempre à nossa frente, como espelho a exigir revisão de nossos posicionamentos e decisões. Uma das grandes revoluções espirituais do último século é a compreensão de Deus como Pai, bondoso e exigente. Seguindo a pedagogia autoritária e repressora que regia as relações familiares e sociais, Deus era concebido como patriarca castigador e patrão cruel. Assim é que muitos foram levados a ter medo de Deus. Deus era uma ideia vaga de criador, um dominador prepotente, um quebra-galhos, um arquiteto e relojoeiro que pôs o mundo em movimento e nada mais tem a ver com nossa vida. A reação à pedagogia autoritária foi a ruptura do dique até chegar à exaustão da experiência contrária. Do patriarcalismo passou-se à filiarquia , os filhos dominando tudo, deixando os pais na timidez e omissão, receosos de tomar decisões sérias e empenhativas. Aí, Deus também foi deixado de lado, desnecessário e supérfluo. A nova pedagogia veio favorecer uma relação mais afetiva e amorosa entre os pais e filhos. Passada a onda de liberação geral, vê-se que é impossível viver sem uma referência, uma autoridade em quem se amparar. Vislumbra-se o equilíbrio: liberdade com responsabilidade, afeto com disciplina, amor com exigência! Essas mudanças pedagógicas influenciam no modo humano de conceber a Deus. De um Deus patriarcal e todo-poderoso para um Deus supérfluo e omisso e, enfim, para um Deus companheiro, ao mesmo tempo amoroso e exigente, condescendente com nossas fraquezas, mas estimulador de nossas capacidades. Deus-Pai, que se apresentara nos profetas de Israel como pai, e foi revelado por Jesus como seu e nosso Abbá, papai.
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