Comprar algo que agrade demanda um tempo maior do que quinze minutos fugidos do trabalho. Quem mora em cidade pequena já deve ter se deparado com a dificuldade de encontrar uma loja aberta após as 18 horas ou no final de semana, por isso muita gente ocupada fica à espera de uma brecha na agenda para poder comprar. Nesses casos, há estratégias criadas pelos lojistas para ajudar aos clientes com pouco tempo disponível, como a “prova na condicional”, uma alternativa que permite ao cliente levar roupas para casa, onde eles podem prová-las com mais calma. Mesmo assim, a falta de flexibilidade dos horários comerciais e o tempo cada vez maior que as pessoas passam em frente ao computador, facilitou o crescimento de uma ferramenta de compras que tem ganhado cada vez mais adeptos: a internet.

Compras online já deixaram de ser temidas por muitos internautas. Aos poucos as lojas virtuais foram ganhando mais espaço e ficando cada vez mais próximas dos consumidores graças, em parte, a grande interação destes com a web, entretanto já existem até propagandas de lojas on-line na televisão. O e-commerce, com é chamado o comércio virtual, movimentou quase três bilhões de reais no último ano, isso contando só as transações de dez mil sites do gênero, sem contar os cinquenta sites dominantes do mercado.

Para chamar ainda mais a atenção de clientes, muitas lojas virtuais anunciam frete grátis e criam cupons de desconto, além de proporcionar o reembolso ou vale-compras ao cliente caso haja algum problema com o pedido. As vendas digitais não são atrativas somente para quem tem pouco tempo para ir às compras, mas também pela comodidade e, principalmente, pela diversidade de produtos. Em uma única loja na internet, a Submarino (uma das mais visitadas na rede, inclusive), é possível comprar livros, eletrodomésticos e até passagens aéreas, tudo isso sem sair de casa. 

Quando parece que você jamais vai encontrar aquele produto que você está procurando na web, lembre-se: você sempre pode ir além. Muitos internautas já compraram produtos importados por um preço muito menor do que o aplicado no Brasil, porém os consumidores devem ficar atentos às letras miúdas na hora de fechar a compra, já que muitos sites não ressaltam o fato de que há impostos que ainda serão acrescidos no valor final do pedido. 

A empresária Kely Salmória, de Anita Garibaldi, conta que comprou quase tudo para a sua casa pela internet. “Lembro que comprei minha geladeira por um preço muito menor do que os das lojas e na compra ainda ganhei um liquidificador, uma batedeira e uma torradeira. Também comprei microondas, televisão, perfume, tênis e até aparelhos para fazer exercícios”. Ela diz que nunca deixou de receber um produto que comprou, porém conhece casos de pessoas que já pagaram por uma mercadoria que não receberam. “É importante analisar bem as lojas virtuais onde se compra, para não correr nenhum risco. No Mercado livre, por exemplo, há uma forma de comprar com a qual o pagamento só é efetuado assim que o cliente recebe a mercadoria, como uma garantia ao consumidor”, diz Kely, lembrado que os cuidados com compras pela internet vão além dos tomados em uma loja física.

 

 

Para quem já está acostumado a comprar pela internet, deve ter percebido que existem semelhanças e diferenças gritantes entre um gênero e outro de loja. As promoções geralmente são mais frequentes para os compradores online do que para aqueles que ainda mantêm a fidelidade ao comércio convencional. Algumas lojas oferecem milhares de produtos com até 70% de desconto e frete grátis, chamando a atenção e aumentando cada vez mais o número de acessos. Veja no quadro ao lado os acessos recebidos por algumas das lojas onlines mais famosas em um dado período de 2012.