Independentemente da idade, todas as pessoas correm o risco de cair. Porém, as quedas ocorrem mais em idosos e podem representar um grave problema de saúde pública.

As quedas são consideradas comuns, mas não deveria ser assim. "Cair representa um perigo à saúde, especialmente da pessoa idosa", alerta a fisioterapeuta Bianca Neves, que explica que em virtude das quedas podem ocorrer limitações funcionais que antes não existiam. Dessa forma, por exemplo, um idoso que era ativo passa a depender de cuidados de outras pessoas. "São várias as causas relacionadas às quedas. Há fatores próprios da pessoa e as questões relacionadas ao ambiente. O importante é orientarmos as pessoas e trabalharmos com prevenção, fazendo os idosos entenderem os riscos e estimulando a mudar hábitos", explica a fisioterapeuta.

Os médicos da Unidade de Saúde, Luiz Gustavo Nunes Batista e Thalles Dias alertam que, entre as consequências das quedas, a fratura é a que mais ocorre e requer um tratamento a longo prazo. "Constantemente nos deparamos com fratura de bacia (quadril) que é uma das mais graves nas pessoas com 60 anos ou mais. Este tipo de fratura pode causar perda da funcionalidade, levando a um longo processo de reabilitação com fisioterapia e aumento da mortalidade na população idosa. Em virtude desse tipo de fratura, por exemplo, a pessoa pode ficar muito tempo acamada, levando a úlceras de pressão, processos infecciosos, pneumonia, perda de força muscular e mobilidade", destacam os médicos.

O secretário de Saúde do município de Anita Garibaldi, Rodrigo Gehrke, ressalta que, por situações como estas, a equipe prioriza trabalhar de forma preventiva, fazendo orientações e estando em contato direto com a população, desenvolvendo programas e projetos para trabalhar educação em saúde. Rodrigo informa, ainda, sobre o lançamento do Grupo Prevenindo Quedas, a ser desenvolvido na Unidade de Saúde Célio Gomes, o qual será lançado neste segundo semestre e divulgado com detalhes na próxima edição.