O que está por trás da capacidade de o ser humano produzir alimentos para sustentar a espécie.
A leitura remete à mudança do mundo. A alta de preço dos alimentos é assustadora – bem maior nos países em desenvolvimento, cuja despesa com comida consome até 70% da renda dos mais pobres. O aumento último vem ocorrendo desde o último meio século, considerando os alertas de visionários de séculos anteriores, que já diziam que a humanidade atingirá o limite da capacidade de prover.
Os de agora (encarnados), mas com espírito forte. Afirmam que há ameaças ao meio ambiente e apontam os fatores: a) erosão do solo fértil – cada polegada de solo erodido diminui 6% a produtividade de grãos; b) redução da fertilidade do solo – a diminuição de 50% de matéria orgânica da terra reduz e 25% a produtividade de vários tipos de cultivo; c) aumento da desertificação de áreas de pasto; d) aumento da disputa pela água, consumidas nas cidades e indústrias, faz com que se eleve a demanda para cultivo; e) queda no aumento da produtividade agrícola desde a revolução verde ocorrida na segunda metade do século 20, de 3,5% ao ano para pouco mais de 1%; f) diminuição significativa da diversidade genética vegetal do planeta – estima-se que três quartos da diversidade se perderam; maior risco de restrição à exportação no caso de grandes produtores que enfrentam altas de preços domésticos; h) oscilações imprevisibilidade do comportamento das chuvas, em consequência do aquecimento global – precipitações frequentes, porém longos e severos de estiagem.
Neste panorama, o Brasil deve trabalhar para que se tenha um meio ambiente equilibrado e em solos menos destrutivos para não dar perdido no ambiente e ronco nas barrigas. A questão é saber se isso é suficiente ou há algo mais a pensar. A sugestão que fica é recursos financeiros locais e globais possam ser chamados a contribuir.
“OS AFAZERES SÃO REMÉDIOS PARA TODOS OS MALES”. (JMS)
ABREU, Marco Aurélio. O ronco das barrigas. Diário Catarinense. Florianópolis, 27 de maio de 2015.
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