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OS JOVENS E O ÁLCOOL

 Quais as razões para adultos e adolescentes pensarem que beber na juventude é uma fatalidade da vida?

Cientistas britânicos já realizados sobre o uso de bebidas alcoólicas e chegaram a duas perguntas que podem auxiliar clínicos gerais na investigação de problemas com a ingestão de álcool.
As perguntas são simples: “com que frequência você bebe seis ou mais doses em uma única ocasião?” e “no último aconteceu algo que você desejaria que não tivesse ocorrido com resultado do seu uso de álcool ou drogas?”
Pensei que essas perguntas podem também ajudar muitos pais de adolescentes. E nem é preciso fazer as perguntas aos filhos porque, de um modo geral, os pais sabem as respostas, ou podem saber se quiserem. Eu mesmo conheço alguns que já me contaram situações vivenciadas pelos filhos que podem ser relacionadas a essas questões. 
Muitos jovens, inclusive com menos de 18 anos, têm abusado de bebidas alcoólicas, tanto na quantidade quanto na frequência. E o mais preocupante é que esse fato, conhecido por muitos adultos que convivem com adolescentes, tem merecido pouca atenção.
Muitos pais sabem o que acontecem com o filho, mas não têm ideia de como resolver a situação. É como se beber nessa idade fosse uma fatalidade da vida. Não é. Mas podemos levantar algumas razões para jovens e adultos pensarem desse modo.
Sabemos que a busca desesperada da felicidade, confundida com alegria momentânea, tem sido um objetivo de vida de muitos de nós. Outra busca de nosso estilo de vida tem sido, também, a alta performance social: ter muitos conhecidos, fazer sucesso entre eles, ser procurado por muita gente, para fazer parte em redes sociais e em aplicativos de mensagens por celular são alguns sinais que apontam para isso.
Outra questão importante é vida sexual: “pegar e ser pegado” é uma frase que se igualou à “ver e ser visto”, indícios que demonstram grande popularidade entre os pares, ou seja, a alta performance social e também sexual.
Todas essas expectativas despejadas sobre os adolescentes podem provocar efeitos dramáticos. Um deles é o abuso de bebidas alcoólicas.
Conheço duas garotas, uma com 17 anos e a outra com 19, que engravidaram sob o efeito exagerado do álcool. Conheço também vários garotos que já foram parar no hospital em coma alcoólico. Vomitar em baladas, festas e reuniãos já é um fato corriqueiro e banal. Quem passa pelo ponto de encontro de jovens em Campos de Jordão nesta época, por exemplo, testemunha esse fato.
Não podemos ser cúmplices desses jovens nessa questão. E adotar a política proibicionista como única estratégia tampouco funciona. O que pode ajudar os pais em suas atitudes educativas com os filhos?
Creio que buscar a adesão deles ao autocuidado e ao amor à própria vida talvez seja uma boa atitude. É uma decisão aparentemente simples, mas isso não quer dizer que seja fácil praticá-la. 
Ensiná-los, desde pequenos, a fazer a avaliação de riscos das situações, a reconhecer exageros no comportamento dos que se descuidam da saúde e dos que colocam a vida em risco são dois pontos a considerar.
Mas talvez o mais importante para os pais seja a sensibilidade suficiente para equilibrar as proibições – sim, elas são necessárias – com os ensinamentos das atitudes positivas.
Referência:
SAYÃO, Rosely. Os jovens e o álcool. Folha de S. Paulo, São Paulo, 15 de julho de 2014.                                                                      
 
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