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Os profissionais do comércio

Quem nunca vendeu alguma coisa? Mesmo que esse não seja o seu modo de ganhar a vida, alguma coisa você já deve ter vendido. Um celular usado, um casaco que não era tudo aquilo que pareceu na hora de comprar ou aquele presente caro (mas de mau gosto) que um amigo deu para você no Natal.

 Vender é uma arte, exige boa comunicação e estratégias que agradem o cliente e tornem o seu produto atrativo. Exige uma abordagem que não assuste e pressione o cliente, mas também que não o deixe à própria sorte. Pode-se dizer que enquanto houver um bom comerciante as chances de haver um bom negócio aumentam, e para homenagear esta figura mediadora entre o consumidor e o produto foi comemorado no dia 16 de julho o Dia do Comerciante, o profissional do comércio.

Em Anita Garibaldi existem comércios tão tradicionais que marcam presença na vida de diversas gerações, como é o caso da Loja Augusto Langer, a qual ainda é um ponto de referência comercial na cidade, graças ao trabalho de seu fundador homônimo.
 
Em conversa com um dos donos da loja, Clóvis Langer, filho de Augusto, pode-se constatar que muitas coisas mudaram, porém alguns problemas continuam tão tradicionais quanto o nome da família.
–Em que ano o senhor Augusto Langer abriu a loja?
Clóvis: Foi em 1964 para vender confecções e tecidos. No começo aqui também funcionava como um estabelecimento de secos e molhados onde os produtos eram vendidos a granel.
 
–Como era efetuada a venda?
Clóvis: Os produtos eram colocados em bolsas. Naquela época arroz, feijão, essas coisas não eram vendidas em embalagens.
 
–Como esses produtos eram trazidos até a loja?
Clóvis: Eles eram trazidos por caminhões e esta era uma das principais dificuldades enfrentadas, como ainda é até hoje.
 
–Então este é um problema que vem atravessando os anos?
Clóvis: Sim, porque dá para dizer que as pessoas vêm até Anita e voltam. É uma rota inviável para um representante comercial porque, além de não ter fácil acesso, a cidade fica muito longe. Os representantes ligam para ver quando que podem vir para cá trazer produtos para não ter o perigo de perder a viagem e sair com prejuízo.
 
–E eles vêm com frequência, ou seja, as vendas têm sido boas?
Clóvis: Olha, já foram melhores, principalmente na época da construção das barragens, mas agora elas se mantêm no mesmo patamar que antes.
 
–E como é administrar a loja que um dia foi do seu pai?
Clóvis: É bom.Uma ótima herança. Nós mantivemos o nome como uma homenagem e também porque sabemos como já é conhecido aqui na região. Hoje os netos dos antigos clientes vêm comprar na loja do Langer, mantendo a fidelidade e uma tradição comercial.
 
A importância do comércio no cenário econômico
 
Ultimamente o comércio exerce grande influência na economia do país e do estado. Nos municípios da Região dos Lagos não é diferente, afinal não existem grandes empresas industriais contratantes na região, fato que fez com que a prestação de serviços (onde se inclui o comércio) no município de Anita Garibaldi chegasse a R$41.993 do Produto Interno Bruto municipal no ano de 2009, de acordo com o IBGE, como pode ser observado no gráfico ao lado.
O IBGE mostra em números aquilo que é do conhecimento de todos os que vivem no dia a dia da Cidade dos Lagos. O comércio é um dos pilares que sustentam a economia anitense. Porém também é uma base que já esteve mais sólida e passou por maus bocados em determinados momentos, como os que seguiram o término dos trabalhos no canteiro de obras da UHE Barra Grande e resultou na saída de milhares de pessoas da região.
 
 
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