Todo ano, na volta as aulas, os pais e alunos sempre se deparam com a compra de material escolar, entre os itens estão as mochilas. Elas são de todas as cores, tamanhos, personagens e formatos, o que deixa a escolha não tão simples.

Mas o mais importante a ser observado na hora da compra é que a mochila deve ser proporcional a altura de quem vai usá-la, bem como o peso em seu interior, alerta a fisioterapeuta da Secretaria da Saúde, Bianca Neves. "O excesso de peso nas mochilas é um problema grave que, além de dores nas costas, tem outras consequências para crianças. Entre os principais problemas que podem surgir são os chamados desvios posturais, como a hiperlordose e a cifose e também casos de lesão nas placas de crescimento dos ossos, dificultando o crescimento das crianças. Os cuidados com a postura e o excesso de peso são fundamentais, especialmente no período entre os 5 e 15 anos", alerta Bianca.

As principais recomendações é que a mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança. Ela deve ser sempre carregada nos dois ombros. As alças de ombros devem serem largas, acolchoadas e reguláveis. O fundo da mochila deve ficar apoiado e firme na curva lombar da coluna e não pode ficar abaixo da região da cintura da criança. As mochilas não devem ter muitos bolsos. O material deve ser bem distribuído dentro da mochila. Os livros e cadernos mais pesados ficam bem rentes à coluna para evitar movimentos de desequilíbrios.

Em caso de mochilas de rodinhas, esta não deve ser carregada nas costas. O puxador deve estar regulado para que a criança não gire o tronco. E também é necessário observar o tamanho da mesma e demais características.

"Conferir a mochila e materiais diariamente ajuda muito a evitar peso desnecessário. Na dúvida, estamos à disposição na Unidade Básica de Saúde Célio Gomes para auxiliar os pais quanto a mochila mais adequada a seu filho, pois sempre buscamos agir de forma preventiva", finaliza a fisioterapeuta.