?Quando o sindicato anunciar o fim da grave nós também vamos parar, mas enquanto não houverem decisões continuaremos lutando por nossos direitos?
Grande porcentagem dos servidores do judiciário de Santa Catarina entrou em greve desde o dia 09 de abril. A categoria solicita que o Novo Plano de Cargos e Salários (NPCS) seja enviado para votação na Assembleia Legislativa em até 30 dias a partir do dia 09/04.
Na Comarca de Anita Garibaldi são treze funcionários do judiciário e até o fechamento desta matéria três destes aderiram a greve. “Para tentarmos resolver nossa situação tivemos que entrar em greve, apoiando a classe”, disseram.
Segundo eles cada funcionário recebe gratificações de acordo com o cargo exercido, que são além do salário, porém quando se aposentam perdem esses benefícios. “Isso faz uma grande diferença para nós no futuro, quando formos nos aposentar”, comentaram os funcionários que aderiram a greve.
Os reajustes solicitados pelos grevistas reivindicam que esses benefícios sejam incorporados ao vencimento do tempo de trabalho. A negociação é feita diretamente entre o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Santa Catarina (Sinjusc) com a direção do Tribunal de Justiça.
De acordo com os grevistas a espera pelos ajustes para a categoria é de longa data. Desde a direção anterior do Tribunal de Justiça já estavam em negociação, mas chegou ao final da administração – que é de dois anos, e como nos últimos seis meses não se pode fazer contratações para deixar para administração seguinte, o Plano de Cargos e Salários (PCS) se transformou nessa atual gestão para Novo PCS.
Para a realização da greve o Sinjusc tomou as precauções, entrando com pedido no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Estamos amparados legalmente. Ninguém faz greve porque gosta. É o último passo depois de várias tentativas sem êxito. Corremos o risco de ficarmos sem salário ou precisamos pagar as horas não trabalhadas. Não é vantagem para nós. Saímos de casa do mesmo jeito, o trabalho acumula, os processos não andam e a população fica sem nosso suporte”, declararam os grevistas.
Santa Catarina tem um dos Tribunais de Justiça que mais produzem no país e é também um dos que menos pagam aos seus servidores. “Trabalhamos tanto em meio a milhares de processos e estamos sem aumento real desde 2011”, frisaram.
Todos os setores do Fórum estão funcionando, até porque não houve adesão total a greve, mas o fluxo de trabalho não está normal, devido aos que não estão trabalhando.
“Quando o sindicato anunciar o fim da grave nós também vamos parar, mas enquanto não houverem decisões continuaremos lutando por nossos direitos”, finalizaram os funcionários que aderiram a greve.
O Sinjusc decidiu manter a greve deflagrada em todo o Estado, mesmo após a determinação judicial lavrada na segunda-feira (13) pelo Tribunal Superior de Justiça. A decisão determinou percentuais mínimos de servidores por área de atuação (50% a 70%), distância mínima de 200 metros das manifestações de grevistas em relação aos prédios públicos, além de fixar multas diárias (R$ 10 mil e R$ 20 mil) para casos de descumprimento das deliberações.
Trabalhadores do Poder Judiciário de Campo Belo
do Sul paralisam atividades
Em Campo Belo do Sul os Servidores estão acampados em frente a Prefeitura Municipal, onde também está instalado o Fórum do município. Segundo informações, ainda há atendimento no Fórum, pois a paralisação não foi total, já que alguns servidores não aderiram à greve no município.
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