logo RCN

Perfeição aos olhos de quem não tem preconceito

   Ela se chama Bia Pereira Pucci, mas em seu nome mais uma palavra faz parte: amor. Sentimento que envolve a pequena, de apenas sete meses, e a família. Realmente ela é muito especial, porque desde cedo mostra sua força e torna os dias dos pais Waniely (24 anos) e Fernando (36 anos), e da irmã Alice (5 anos), moradores da Fazenda São Luiz, em Cerro Negro, mais completos.
   

   Bia e a mãe receberam a equipe do Correio dos Lagos para contar essa história de amor e luta.
   

   Wany, como é mais conhecida, descobriu que estava grávida, não era uma gravidez planejada, mas a notícia foi recebida por todos com muita alegria. Porém alguns sinais anormais começaram a aparecer. Na 7ª semana de gestação, ao fazer um ultrassom, o médico afirmou que Wany não estava grávida, pois não havia escutado nenhum batimento cardíaco, porém um exame mais detalhado mostrou que ela realmente estava grávida. Foi na 12ª semana de gestação que a família recebeu a notícia que a bebê tinha indícios de ser portadora de alguma síndrome. "Aos cinco meses de gestação, ao fazer o ultrassom morfológico, recebemos a notícia de que ela tinha problema de coração e a chance de ela ter alguma síndrome era de um em oito, então saímos com a certeza que ela teria. Ficamos muito desesperados, achando que não teríamos estrutura, mas o que mais nos preocupava era o problema do coração', relatou a mãe. 

   Até o final da gestação, Wany realizou o pré-natal nas cidades de Lages e Florianópolis. O nascimento de Bia surpreendeu a todos: "Ela nasceu no tempo normal, pesando 3.360kg e não tinha mais nenhum problema cardíaco. Comemoramos muito. Ao ver a Bia, eu mesma disse: ela tem Síndrome de Down", comentou a mãe.   

   Porém com o passar do tempo passei a notar que ela cansava muito para mamar e estava ganhando pouco peso. "A pediatra então, ao examinar a Bia, apontou o problema no coração. Começamos com tratamento de medicação e atendimento na APAE de Anita. Aos quatro meses fomos informados que ela teria que fazer a cirurgia do coração, foi possível adiar um pouco, mas agora chegou a hora do procedimento, que será em Joinville. "Já foram encaminhados os papéis necessários e estamos aguardando, pode ser a qualquer momento", explicou Wany, que trabalha 20 horas como agente de saúde e como professora, o restante do tempo é totalmente dedicado para Bia.

   A visão sobre a Síndrome de Down mudou muito para a mãe. "Eu já tinha bastante abertura quanto à síndrome. Há muito preconceito, ela recebe isso e nós sofremos. A criança não é doente, ela demora um pouco mais que as crianças sem síndrome, mas ela aprende com a repetição e vai se desenvolvendo com a estimulação."

   Wany recorda que desde quando soube que estava grávida, pedia em orações que mandasse uma criança que fosse perfeita aos olhos de Deus. "Para ele todas as crianças são perfeitas, é o ser humano que tem preconceito e acha que existe defeito ou alguma doença contagiosa. O mais difícil é lidar com isso, fazer com que as pessoas vejam como realmente é, porque o resto corremos atrás. Temos uma família maravilhosa, que é essencial e nos apoia muito e médicos muito bons. Vamos fazer de tudo para que ela tenha uma vida normal e possa usufruir de todos os direitos", conclui a mãe. 

 

Verduras são doadas às escolas de Anita  através do Projeto Atitude Verde e Consciente Anterior

Verduras são doadas às escolas de Anita através do Projeto Atitude Verde e Consciente

Vereadores homenagearam Nylcynho Mota pelos 20 anos de radialista em Anita Garibaldi Próximo

Vereadores homenagearam Nylcynho Mota pelos 20 anos de radialista em Anita Garibaldi

Deixe seu comentário