A segurança, a educação e o desenvolvimento socioeconômico devem fazer parte de uma discussão mais ampla.
Se observarmos a conjuntura política no país e na América Latina, podemos arriscar análises. Andamos tateando numa democracia incompleta ou insolúvel? Chegou-se a uma fase da caminhada política que, sem dúvida, apresenta um panorama positivo do ponto de vista de avanços sociais e de discussão complementar.
Na última década, pelo menos no Brasil, vivenciamos um projeto político-social que diferenciou-se das velhas políticas econômicas. No entanto, me parece importante novamente apontar questões:
1) Não se andou além de um impulso inicial motivado pelo calor da mudança de programa político. Também em países vizinhos, a política deixou de renovar ações iniciais, numa apatia própria de poderes eleitoreiros.
2) A democracia, por sua vez, alterna com a instabilidade socioeconômica, mas sobretudo, com a consolidação dos projetos sociais.
3) Ainda se pensa na política dentro de um modelo de esquerda e direita. Todavia, o que temos é uma política ou conservadora ou populista.
4) Na medida em que a sociedade se vê assistida e dependente de programas assistencialistas sem um desenvolvimento social no campo da educação e economia que garanta a cidadania plena, é impossível tratar a política em foco como popular – participativa. Ainda tratamos do “individualismo” e não do indivíduo em relação à sociedade.
5) O grande risco de uma política social populista tímida e convincente, é, além de acomodar desigualdades, promover uma política cuja democracia necessita de mecanismos eficientes da própria sociedade civil par se sustentar.
A segurança, a educação e o desenvolvimento socioeconômico devem fazer parte de uma discussão mais ampla, senão as iniciativas políticas podem se perder no jogo de interesses. Estes, pouco éticos e com características medíocres.
“A imaginação governa o Mundo”. (Napoleão)
Referência:
COUTINHO, Maria Rosa de Miranda. Política: para onde queremos ir? Diário Catarinense, Florianópolis, 28 de novembro de 2012.
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