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População enfrenta greve dos servidores do INSS em Santa Catarina

Instituto Nacional de Seguro Social e Ministério da Saúde entraram em greve nesta terça-feira e não há prazo para término do movimento

 Os servidores do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e do Ministério da Saúde entraram nesta terça-feira em greve em Santa Catarina e mais 15 Estados. Na Grande Florianópolis, as unidades da Capital atenderam parcialmente e já foi complicado. Pior ainda para os segurados que procuraram as agências de Palhoça, Biguaçu e São José, todas fechadas.

Aos 93 anos, o aposentado Mário Krowczuk deixou o bairro Santinho, Norte da Ilha, distante cerca de 35 km para pegar um comprovante de renda, que tem validade por três meses, na agência da Rua Felipe Schmidt. O gaúcho, que passa um período na casa da filha, não sabia da greve.

— Preciso do comprovante para conseguir a gratuidade nas empresas de ônibus interestaduais. Agora terei que ficar mais tempo em Florianópolis — lamentou o aposentado.

Condições de trabalho

A greve dos servidores do INSS é por prazo indeterminado. Já os funcionários da Anvisa devem voltar ao trabalho nesta quarta-feira mas existe a possibilidade de mais paralisações.

Os trabalhadores apontam a necessidade de melhorias nas condições de trabalho nas agências da Previdência Social, postos e núcleo do Ministério da Saúde e locais de trabalho da Anvisa. O governo federal fez a proposta de reajuste salarial de 21,3% em quatro parcelas até 2019, o que não foi aceito.

Entre outras reinvidicações, os servidores querem a retirada de todos os projetos que atacam os direitos dos trabalhadores, como o PL 4330/2004, da terceirização.

Se agendou, pode resolver

Na agência da Rua Felipe Schmidt, apenas dois dos sete funcionários estavam trabalhando. Número inferior aos 30% obrigatórios por lei. Normalmente, a unidade atende os segurados com 12 servidores, mas cinco estão afastados em virtude de licenças ou de férias. Os atendimentos agendados e as perícias não sofreram com a greve. A agência recebe em média 700 segurados por dia, mas pouco mais da metade conseguiu atendimento nesta terça-feira.A autônoma Olga Sueli da Cunha, 62 anos, não fez o agendamento e, por isso, precisou voltar para a casa sem a informação que precisa. Prestes a sair da perícia, ela quer saber quais são as condições para requerer a aposentadoria.

— Com a mudança da regra para a aposentadoria integral, gostaria de saber como ficará o meu caso. Trabalho como autônoma há mais de 25 anos e queria saber como ficaria a minha aposentadoria se fosse parcial, mas o país vai de mal a pior — desabafou a moradora da Vila São João, na Capital.
 O pensionista Jair Ribeiro, 56 anos, estava inconformado com a greve. Ele mora em Ponta Grossa (PR), mas um problema no pagamento do benefício fez o segurado vir a Florianópolis para buscar uma solução.

— Preciso do benefício para pagar as minhas contas e não posso esperar. Terei que voltar após a greve, mas não sei como será até lá — afirmou o carpinteiro. 
 

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