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Prefeito Udo Döhler apoia aliança do PMDB com Colombo

Em entrevista à Agência Adjori de Jornalismo, prefeito da maior cidade do Estado refirma apoio à reeleição de Raimundo Colombo

 Se a decisão entre lançar candidatura própria ou manter o apoio do PMDB ao governador Raimundo Colombo para a reeleição dependesse do prefeito da maior cidade de Santa Catarina, Udo Döhler, não haveria dúvida. A parceria com o Executivo Estadual permaneceria firme e forte para o pleito de 2014. É o que reafirmou Döhler em uma entrevista à Agência Adjori de Jornalismo.

O prefeito reforçou, porém, que acima de tudo estará com o partido na decisão que for tomada no dia 26 de abril, durante a convenção do PMDB em Santa Catarina.
Para quem acreditava na possível candidatura do joinvillense, ele mesmo desmente os boatos: “Fui eleito prefeito por quatro anos”, dispara, garantindo que vai cumprir o compromisso.

Leia, abaixo, a entrevista na íntegra.



Agência Adjori - Como o senhor avalia uma possível candidatura própria do PMDB neste pleito estadual?

Udo Döhler - 
Quando eu decidi ingressar na vida pública, eu já havia falado com o Governo do Estado. A cidade de Joinville ficou aquém de um apoio político nas últimas décadas. Eu mencionei isso ao governador e o que queríamos, caso fôssemos eleitos, era recuperar o que Joinville perdeu ao longo do tempo. E por que a cidade perdeu? Porque ela cresceu acima da média nacional nos últimos 15 anos. A nossa infraestrutura não acompanhou o crescimento da cidade. A cidade está congestionada, a infraestrutura da saúde é precária, embora esteja consumindo 1/3 do nosso orçamento (em outras cidades importantes esse percentual fica entre 20 e 22%), o nosso sistema viário encolheu. Isso é um compromisso que o governo do Estado assumiu conosco já naquela época e tem honrado desde que assumiu. Temos agora a duplicação da Avenida Santos Dumont, que liga a cidade até o aeroporto. Temos também uma ponte que já está assegurada, que liga dois importantes bairros. Para você ter uma ideia, em comparação, ela é mais profunda que a ponte Hercílio Luz,... Tudo isso desde que nós assumimos o governo. Nós temos esta parceria forte com o governador Raimundo Colombo, já temos manifestada a nossa condição de manter este apoio ao governador. Estamos junto com o PMDB, que vai decidir o que fazer, candidatura própria ou apoio à tríplice aliança. Vamos ter que aguardar 26 de abril pra ver o que vai acontecer. Mas a nossa posição hoje, em Joinville, é que nós estamos satisfeitos com essa parceria com o Governo do Estado.


Agência Adjori - E se a opção do partido for uma candidatura própria?

Döhler - Eu sou, sobretudo, partidário. Hoje nós sabemos que a política partidária foi desvirtuada, mas nós não aceitamos esse tipo de posicionamento, temos um compromisso, sobretudo com o nosso partido. O que o partido decidir nós acolheremos. 


Agência Adjori - E se a decisão da convenção for por uma candidatura própria? Hipoteticamente falando... o senhor teria uma posição quanto a um candidato, ou sobre tornar-se candidato?

Döhler – Nós, quando fomos eleitos, fomos eleitos para um mandato de quatro anos. O primeiro ano já passou e temos mais três pela frente. Malditamente nós temos, nesse país, eleições de dois em dois anos. Então, se nós nos esquecemos de administrar a cidade em ano de eleição, nós administramos por dois anos apenas. Então, a nossa preocupação, a minha preocupação, agora, é administrar a cidade. A nossa eleição, a municipal, só vai acontecer em 2016 e até lá vamos cuidar aqui do nosso território, que é pra isso que fomos eleitos.


Agência Adjori - Como o senhor avalia o futuro do PMDB?

Döhler -
 O PMDB hoje é o partido mais forte do Estado. Está presente desde na presidência aos executivos municipais, ao legislativo... E naturalmente dentro do partido há quem defenda posicionamentos diferentes. Há quem defenda a tríplice aliança, a permanência do quadro que aí se encontra, ou a candidatura própria. Enfim, essa é uma discussão interna do partido. Isso não é nenhuma excepcionalidade, se isso não viesse a acontecer o partido estaria acomodado. Estamos exatamente discutindo isso agora para ver o que fazer. É claro que o PMDB já exerceu o Executivo estadual e vai ocupar este espaço novamente no futuro, mas não sabemos ainda qual é a data oportuna, porque continua sendo hoje o maior partido do Estado e do país. 

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