Intensificados os preparativos para a Cavalgada da Região dos Lagos
QUEM GANHA?
É através do alarde na divulgação da taxa Selic pelo Copom que o governo federal tenta impor a premissa de que, por meio de um controle rígido, pode-se diminuir a taxa básica de juros no Brasil. Porém, na prática, quem tem ganhado com a diminuição da taxa básica são as instituições financeiras. Exemplificando o assunto, a taxa Selic, em fevereiro de 2003, alcançou a cifra de 25,82 pontos percentuais. No mesmo período, os bancos divulgaram taxas de juros cobrados a título de cheque de 173,08 pontos percentuais. No mês de dezembro de 2010, quando a taxa básica de juros era de 10,75 pontos percentuais, os bancos divulgaram as taxas de juros para cobrança de cheque especial de 170,71%. Ou seja, a taxa básica de juros diminuiu 15,07 pontos percentuais, fazendo com que o custo do dinheiro para as instituições ficasse mais barato. Caso os juros do cheque especial diminuíssem na proporção da queda da taxa básica de juros, teríamos, em dezembro de 2010, 27,06 de juros anuais para o cheque especial. O curioso é que basta o Copom aumentar a taxa Selic para 11,25% e o consumidor já verifica em seus extratos o aumento do cheque especial para 179%. Quem ganhou com a diminuição da taxa básica foram as instituições financeiras, que tiveram um aumento dos lucros. Sua ganância nega ao mercado a diminuição justa do crédito ao consumidor. Enquanto os bancos aumentam juros aos olhos do governo, a cidadania - as pessoas físicas e jurídicas – está cada vez mais endividada. O governo, através de suas autoridades do setor, ao adotar um discurso populista sobressalta a diminuição de juros no Brasil. Na verdade, esta espécie de política negligencia oportunidades à população e enriquece ainda mais as instituições financeiras. Os bancos existem para fazerem circular as economias. Ao mesmo tempo arrancam o olho do cliente. Muito cuidado com eles. "A avareza é um pecado capital".
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