Em entrevista coletiva, governador Raimundo Colombo, o secretário de Defesa Civil e o adjunto da pasta adiantaram ações em 43 municípios

 Até o final da tarde desta terça-feira (14), 2.047 pessoas já haviam sido atingidas pelas consequências da chuva que começou a cair de madrugada, em Santa Catarina. E a previsão, de acordo com o governador do Estado, Raimundo Colombo, não é animadora: deve chover até quinta-feira e, após uma trégua, a água pode voltar a cair na semana que vem. Em entrevista coletiva, na sede da Defesa Civil, em Florianópolis, Colombo não descartou a evacuação preventiva de áreas de risco de alagamentos em alguns municípios, já que a tendência é que o nível da água, principalmente dos rios da bacia do Rio Uruguai, aumente.

“Estamos em alerta máximo, monitorando a situação e em contato constante com todos os municípios”, explicou o secretário de Defesa Civil, Milton Hobus. A expectativa é levar ajuda humanitária aos desabrigados em, no máximo, 24 horas.

Nesta quarta-feira, o secretário adjunto, Rodrigo Moratelli, viaja a Chapecó para acompanhar, de perto, a situação dos municípios mais atingidos pelos estragos da chuva, no Oeste de Santa Catarina. Das 43 cidades que registraram ocorrências em decorrência das chuvas, 10 já decretaram situação de emergência.

Os maiores volumes de chuva foram registrados em Maravilha, Saudades, Seara, Chapecó e Coronel Freitas.

Decreto de emergência escrito a mão, por falta de energia elétrica

Em Coronel Freitas, por exemplo, a estimativa da prefeitura é de que 70% das residências tenham sido atingidas por alagamentos. Isso representaria cerca de 300 casas. A situação é tão crítica que, como a cidade também está sem energia elétrica, o decreto de situação de emergência foi redigido a mão e uma foto do documento foi encaminhada à Defesa Civil.

Foram confirmadas duas mortes e um desaparecimento em decorrência das enchentes, até agora. Ainda assim, a situação ainda não é considerada tão grave quanto a do ano passado.