Companhia estima um investimento de R$ 45 milhões para atender principalmente unidades residenciais.

 A empresa SCGás planeja para este ano uma ampliação de 40,7 km de rede em Santa Catarina, com investimentos de R$ 45,1 milhões. A maior obra em andamento é a do Projeto Serra Catarinense, executada em duas frentes. Uma delas no trecho Ibirama – Lontras, e Lontras – Rio do Sul. Também têm continuidade as obras do Projeto Criciúma Global, com investimentos de R$ 1,5 milhão, que passará a abastecer quatro empresas e 1,2 mil unidades residenciais.

No cronograma de novas ligações em 2014 estão oito novas indústrias. Somados, os contratos representam um acréscimo de 5,57 mil m³ diários de consumo de gás, e investimentos de aproximadamente R$ 2 milhões em obras para infraestrutura de fornecimento. Entre os novos clientes estão: a planta têxtil Altenburg, em Blumenau, a montadora BMW, em Araquari e a Britagem Gaspar, em Gaspar.

O Projeto Saturação GNV prevê ainda a ligação de dez postos de combustíveis nas regiões Norte, Vale do Itajaí e Grande Florianópolis, com investimentos de R$ 1,3 milhão.

Demanda

Atualmente, a SCGÁS distribui aproximadamente dois milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, através do Gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL).

Para 2014, a Companhia projeta um aumento de 3,7% nas vendas ao segmento industrial, representando 575,6 mil m³. As indústrias respondem por mais de 80% do consumo em Santa Catarina. A alta da demanda é atribuída à boa fase do setor cerâmico, impulsionado pelo bom desempenho do mercado imobiliário no país.

Isoladamente, o maior aumento será no segmento residencial, que terá acréscimo de 23,8% nas vendas, alcançando 2,53 mil m³/dia. O destaque do segmento é o Projeto Urbano Tubarão, com investimentos de R$ 3,9 milhões até 2016. A expectativa é de fornecimento a 40 edifícios até o final de execução do projeto, tendo em vista que atualmente, o município não dispõe de rede de abastecimento de gás.

Suprimento no limite

Atualmente, a SCGÁS se aproxima do limite de comercialização da cota de fornecimento contratada junto à Petrobrás, que é de dois milhões de metros cúbicos de gás por dia. Em 2014, a estratégia para atender novos clientes é operar dentro da margem de sobredemanda autorizada pela fornecedora, que é de 100 mil metros cúbicos diários.

O presidente da Companhia, Cósme Polêse, revela que a decisão foi tomada para não prejudicar as empresas que dependem do gás natural. “A meta da empresa para 2014 é renegociar contratos a fim de baixar a sobredemanda dos grandes clientes industriais de 20% para 5%, abrindo espaço para o varejo industrial”, esclarece Polêse.

Em 2013, a empresa recolocou no mercado cerca de 10 mil m³/dia através de redesenho de procedimentos industriais de clientes. A meta para 2014 é aumentar esta cota, alcançando um potencial de economia de 30 mil m³/dia. Conforme o gerente de Tecnologia de Gás da SCGÁS, Ricardo Konishi, o excedente estará disponível para comercialização no prazo de dois anos.

Outra medida da Companhia é buscar junto a Petrobras um acréscimo de 170 mil m³/dia de gás. Com o aumento, o total diário passaria para 2,17 milhões m³, mais a sobredemanda de 5%. Segundo o presidente Polêse, isto representaria um alívio para a empresa. “Temos uma lista de espera por mais gás, e qualquer reforço de suprimento faz grande diferença”,