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Situação do Hospital Frei Rogério preocupa população

A Congregação das Irmãs da Divina Providência está prestes a devolver o hospital à Mitra Diocesana de Lages

Há quase sessenta anos que as Irmãs da Divina Providência trabalham em prol da comunidade da região através de seus serviços prestados no Hospital Frei Rogério, em Anita Garibaldi, o qual foi fundado em 1 de novembro de 1952 com a ajuda da comunidade e dos Padres Carlistas, na época aqui representados por Frei Elias. Com aproximadamente três mil metros quadrados, a imensa estrutura do hospital impressiona para o tamanho do município em que está instalado, entretanto seu tamanho é compreendido quando analisado o fato de que são atendidas pessoas vindas de Cerro Negro, Celso Ramos, Abdon Batista e Pinhal da Serra, sem contar que na época de sua construção o município de Anita Garibaldi tinha muito mais habitantes que hoje em dia.

O grande hospital atende por mês cerca de 350 pacientes, entre processos ambulatoriais e de internação. “Destes atendimentos, podemos dizer que 99% são realizados pelo SUS”, disse Eduardo Pagno, secretário da unidade hospitalar. De acordo com ele, a receita do hospital gira em torno de R$35 mil por mês, provenientes basicamente do Sistema Único de Saúde. Todas as despesas são pagas com este valor, o que mantém o hospital livre de qualquer tipo de dívida, garantindo desde o pagamento dos 22 funcionários da unidade, até a quitação de contas básicas, mas de suma importância, como as de água e luz.
Hoje 29 leitos estão disponíveis, entretanto a capacidade é para cinquenta já que existe uma parte do hospital que não está sendo usada e que servia de hospedaria há algum tempo.
Infelizmente, para toda a sociedade anitense e da região, veio à tona o fato de que o hospital pode fechar as portas com a falta de uma entidade administradora, uma vez que a Sociedade da Divina Providência está devolvendo as chaves do lugar para a Mitra Diocesana de Lages, a qual a estrutura pertence.
 
Autoridades se mobilizam em prol da instituição
 
Sabendo da situação, o vereador José Matos (Zezo) e o secretário-adjunto da SDR, Juarez Mattos, conversaram com Dom Irineu Andreassa, bispo da Diocese de Lages. Durante a conversa ficou esclarecida a real questão do Hospital Frei Rogério com relação a sua gerência pela Mitra. De acordo com o Bispo, a entidade não terá condições de manter o funcionamento do hospital, por isso, caso não seja encontrada outra alternativa, a unidade hospitalar de Anita Garibaldi será fechada.
Logo após esta notícia, lideranças regionais juntamente com o deputado Elizeu Mattos, explanaram os fatos ao governador Raimundo Colombo, o qual sugeriu que ele e as autoridades municipais, juntamente com a comunidade, apresentassem uma saída para este problema, uma vez que é inaceitável o fechamento da unidade hospitalar.
Por isso, na última sexta-feira, foi proposta uma reunião na Mitra Diocesana, em Lages, para debater sobre o futuro do Hospital. Além de Elizeu Mattos e de Dom Oneres Marchiori, representando o bispo diocesano, também estiveram presentes o vereador José Matos, o secretário-adjunto da SDR, Juarez Mattos; a gerente regional de saúde, Beatriz Montemezzo; e Rainoldo Ramos Martins, contador da Mitra.
Durante a reunião foi ressaltado o fato de que é necessária uma ação rápida para o caso. A principal solução encontrada é formar uma associação que ficará responsável pela gerência da instituição, aos moldes da que existe para promover a reforma da Igreja Matriz Santa Bárbara. Um exemplo de associação no âmbito da saúde e que tem demonstrado eficientes resultados, é a que existe na gerência do Hospital Nossa Senhora do Patrocínio, em Campo Belo do Sul. Portanto, de acordo com o deputado Elizeu, assim que a proposta for apresentada a sociedade, “a população vai ouvir e será ouvida”.
Tornar o hospital um ponto de referência é uma das estratégias que poderá ser usada para ajudar a associação a aparecer no contexto regional e fortalecer a questão econômica do local. A área clínica que seria instalada como referência ainda é um ponto a ser estudado e discutido em uma reunião que está prevista para acontecer na próxima sexta-feira, 24 de fevereiro, entre autoridades municipais, regionais e a associação em prol da reforma da igreja matriz, a qual, na oportunidade, poderá receber a proposta de assumir a unidade hospitalar, para que não seja necessária a criação de uma nova associação.
O caso é que se os moradores de Anita Garibaldi quiserem manter o maior hospital da região em funcionamento terão de colaborar. A entidade ou associação que receber a cessão de uso manterá administrativa e estruturalmente a unidade.
 
O hospital em números
Data de fundação: 1952  - Tem 59 anos
Tamanho: 3 mil metros quadrados aproximados
Atendimentos: Cerca de 350 mensal
Receita mensal: R$ 35 mil provenientes basicamente do SUS
Número de funcionários: 22
Número de leitos: 29
Adminsitrado pelas Irmãs da 
Divina Providência
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Festa destinada a arrecadar fundos para o hospital

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