O anúncio jubiloso “Jesus morreu, Jesus ressuscitou!” constitui o núcleo da mensagemdo cristianismo. Deus se fez humano em tudo. Nas crises,incertezas, aflições, provações, dores,também na experiência trágica da morte. Humano em tudo, menos no desumano do pecado e da maldade. Por causa do anúncio do reino de justiça e solidariedade, foi rejeitado e morto. Mas Deus o ressuscitou!
Sua Páscoa, a passagem da morte para vida, é mistério tão maravilhoso que um dia é pouco para celebrá-lo. Essa celebração se alarga sempre mais: primeiramente para a Oitava Pascal; depois se alarga para todo o Ano Litúrgico; deve, ainda, alargar-se mais, até compreender toda a nossa vida sobre a terra; por fim, alarga-se para dentro da eternidade, quando a Igreja e toda a humanidade celebram a vitória do cordeiro sobre todo o mal. Por isso, todo domingo é Páscoa, toda a nossa vida é Páscoa.
O Tempo Pascal vai da Páscoa até Pentecostes (do grego pentecostes, que poderia ser traduzido por cinquentena). É celebrado com alegria e júbilo, como se fosse um só e único dia festivo, um grande domingo. Um Domingo de Páscoa esticado para recordar ressurreição doSenhor e, nela, o início da nova humanidade, o povo alegre dos ressuscitados. Do Domingo de Páscoa dependem as grandes festas da comunidade cristã. Em vista dele se organiza todo Ano Litúrgico e até mesmo o calendário civil.
Esse tempo é rico de simbolismo: o círio, a água, o incenso, as flores, a cor branca ou dourada dos paramentos, o refrão alegre de Aleluia (do hebraico, Louvai a Javé!). As leituras bíblicas convidam à renovaçãodo batismo. A Eucaristia recorda o amor vencedor e invencível diante do poder do pecado e de todo o mal. Prepara-se a festa de Pentecostes: o dom do Espírito Santo, o primeiro fruto da Páscoa de Cristo, o grande dom do povo da Nova Aliança.
Referência:
FELLER, Vitor Galdino. Tempo Pascal. Diário Catarinense. Florianópolis, 2 de maio de 2012.
Deixe seu comentário