Há dois tipos de sacrifício que os pais faziam pelos filhos e que foram substituídos pelo sacrifício financeiro.
Ter e manter um filho custa caro, segundo reportagens em revistas, jornais e etc. Nelas, há contas, inclusive, que apontam valores que a presença de um filho acrescenta ao orçamento de uma família. E isso se estende por uns 20 anos, mais ou menos. Ou mais, muitas vezes bem mais.
No mundo do consumo, o valor financeiro das coisas é que está em questão. Por isso, quando alguém planeja ter um filho, considera primeira e antecipadamente o custo financeiro dele para, então se preparar, se planejar. Ou postergar ou até mesmo desistir.
A lista é enorme e não para por ai. Os filhos querem, querem, querem , querem sempre mais. Nunca estão satisfeitos.
E os pais trabalham, trabalham, trabalham, trabalham cada vez mais par para ganhar cada vez e, assim, tentar satisfazer as necessidades e os caprichos do filho, que quase sempre custam bem caro.
Conheço mães e pais que fizeram financiamentos, parcelaram uma grande uma quantia de dinheiro em inúmeras prestações, abdicaram de gastos pessoais, tudo para ao filho um “book” ou um belo “look”.
Há também os que fazem esses gastos para garantir seu próprio sossego. Afinal, a criançada e a moçada aprenderam muito bem como lutar para conseguir o que querem, não é verdade?
Mas há outro tipo de sacrifício que os faziam pelo filhos e eles, foram, quase todos, substituídos pelo sacrifício financeiro.
Sim, ter e manter um filho custa caro, mas não vamos considerar agora o custo financeiro da questão. Vamos considerar o custo pessoal.
Ter um filho custa horas de sono e muita preocupações; custa de mudança de vida temporárias e renúncias; custa a necessidade de disponibilidade de pessoal constante; custa abdicar de sonhos e projetos; custa paciência quando ela já se foi, custa perseverança mesmo quando casados, e muito mais.
É: realmente, um filho custa bem caro, mas para se ter uma ideia aproximadamente desse custo, precisamos deixar de priorizar o custo financeiro que o filho acarreta.
O verdadeiro custo, este não pode ser colocado em números porque é pessoal. Mas é certo. Mas é certo que este custo sempre é alto, mesmo quando não reconhecemos isso.
“SE QUISERDES CRIAR MONSTRO, DÊ TUDO O QUE A CRIANÇA QUER”.
Referência:
SAYÃO, Rosely. Ter e Manter um filho. Folha de S. Paulo, São Paulo, 25 de fevereiro de 2014.
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