fazendo parte da história do município
Criada na década de 40, em um tempo que o atual município de Pinhal da Serra pertencia a cidade de Esmeralda, a usina geradora de energia, que levava o nome de Usina Pinhal, funcionou por mais de quarenta anos, abastecendo cerca de 25 casas.
Desses quarenta anos, vinte foram acompanhados por seu João Bernardo Borges, mais conhecido por Boca, hoje com setenta anos de idade. Foi ele que acompanhou o jornal Correio dos Lagos, juntamente com o técnico em agropecuária e responsável pelo escritório da Emater de Pinhal da Serra, Pedro Costa Neto, até a antiga usina.
A usina construída no Rio Arroio do Engenho fica no perímetro urbano do município, hoje pertencente ao parque de eventos, João Ferreira dos Santos, local de fácil acesso e que guarda uma beleza e história maravilhosa.
Seu João começou a cuidar da usina no ano de 1965, convidado por dois vereadores da época. Ele conta que não tinha nenhuma experiência mas a força de vontade em aprender fez com que ele aprendesse e se tornasse o técnico em manutenção, engenheiro e responsável por todos os dias ligar e desligar o gerador. diariamente, ao final da tarde ele ia até o local abrir a comporta, ligar o gerador e no dia seguinte pela manhã fazia o mesmo trajeto para desligar tudo, pois a energia funcionava somente no período da noite. Em tempos de chuva e inverno, quando o volume de água era maior a geração de energia ocorria o dia todo.
Da represa até o local onde se encontrava a turbina e ficava o gerador e painel de controle há um trajeto de aproximadamente cem metros de morro acentuado. A comporta era manual e o trabalho de fechar e abrir era feito através de uma manivela. A tubulação por onde a água passava até chegar em uma espécie de respiro, (local feito de pedra com aproximadamente dois metros de altura onde servia como forma de filtro da água), dali ela seguia pela tubulação que no início era toda feita de madeira, porém alguns anos depois foi necessária a troca por material mais resistente, comenta seu João.
Esse percurso era feito até chegar na turbina que tinha duas entradas de água, todas reguladas manualmente. Seu João conta que muitas vezes algum pedaço de madeira descia junto com a água e trancava a turbina. “Como eu fazia toda a manutenção, tinha que abrir a turbina, fazer a limpeza e montar tudo de novo”.
Segundo ele fazia mais de dez anos que não voltava ao local que dedicou praticamente uma vida de trabalho em prol da vila de Pinhal. Perguntado sobre como estava se sentindo ao ver a usina novamente ele respondeu que o que resta é a lembrança. “Sinto saudades de quando cuidava de tudo isso aqui”, comentou seu João colocando ainda que dividia o tempo trabalhado na usina com as pescarias no rio. “Aqui eu trabalhava e pescava, hoje não tem mais nada, nem peixe”. Um dos desejos de seu João era ver a usina funcionando novamente.
A usina foi desativada nos anos 80 quando o número de casas foi aumentando e a empresa de energia elétrica CE vinda de passo Fundo passou a distribuir energia para os moradores.
Seu João conta que a força da usina era muito grande que muitas vezes chegou a fazer solda elétrica no local. Ele levava o aparelho de solda, desligava a geração de energia para os moradores e fazia a solda ali mesmo na beira do rio. Muitas histórias rondam a usina e podem ser contadas por seu João.
A usina hoje
O município de Pinhal da Serra é um dos únicos da região que está investindo no turismo rural e a antiga usina está incluída nos pontos que poderão ser visitados pelos turistas que vierem ao município.
Segundo o responsável pelo escritório da Emater Pedro Costa Neto, um dos incentivadores do turismo no município, falta ainda uma estrutura. O local tem muito mato, precisa de uma limpeza para que as pessoas possam fazer todo o trajeto desde a represa até o local onde concentra-se a turbina. “Como a usina fica ao lado do parque de eventos, queremos que o local esteja pronto, limpo e já com uma estrutura para que possa receber os visitantes da 3ª Festa da Integração”. O local guarda uma parte da história do município e o pouco que resta está desgastado com o tempo, mas ainda é possível ver o muro da represa, a comporta, parte da tubulação, o local que servia como filtro da água e a turbina.
Segundo Pedro, o interesse da Emater é que o local seja revitalizado e quem sabe volte a funcionar podendo até gerar energia. “Gostaríamos que a Baesa, que é uma grande parceira, olhasse para o local como um ponto turístico e histórico do município”, comentou.
O prefeito Ivandro Birck declarou que pensam em reativar a usina, até mesmo porque ela está dentro do parque de eventos e tinha uma capacidade boa de geração de energia. “Seria muito bom poder reativar e quem sabe fazer com que voltasse a gerar energia para o parque de eventos”.
Segundo informações cerca de 30% da população do município sabe que o local existe e tem uma bela história viva, que é seu João Bernardo Borges, morador conhecido do município.
A usina hojeO município de Pinhal da Serra é um dos únicos da região que está investindo no turismo rural e a antiga usina está incluída nos pontos que poderão ser visitados pelos turistas que vierem ao município.
Segundo o responsável pelo escritório da Emater Pedro Costa Neto, um dos incentivadores do turismo no município, falta ainda uma estrutura. O local tem muito mato, precisa de uma limpeza para que as pessoas possam fazer todo o trajeto desde a represa até o local onde concentra-se a turbina. “Como a usina fica ao lado do parque de eventos, queremos que o local esteja pronto, limpo e já com uma estrutura para que possa receber os visitantes da 3ª Festa da Integração”. O local guarda uma parte da história do município e o pouco que resta está desgastado com o tempo, mas ainda é possível ver o muro da represa, a comporta, parte da tubulação, o local que servia como filtro da água e a turbina.
Segundo Pedro, o interesse da Emater é que o local seja revitalizado e quem sabe volte a funcionar podendo até gerar energia. “Gostaríamos que a Baesa, que é uma grande parceira, olhasse para o local como um ponto turístico e histórico do município”, comentou.
O prefeito Ivandro Birck declarou que pensam em reativar a usina, até mesmo porque ela está dentro do parque de eventos e tinha uma capacidade boa de geração de energia. “Seria muito bom poder reativar e quem sabe fazer com que voltasse a gerar energia para o parque de eventos”.
Segundo informações cerca de 30% da população do município sabe que o local existe e tem uma bela história viva, que é seu João Bernardo Borges, morador conhecido do município.
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