Estava se encerrando o domingo do Dia dos Pais quando uma triste notícia passou a ser compartilhada: um rapaz bem conhecido de Anita e municípios vizinhos havia sofrido um grave acidente. Amigos e familiares começaram a se mobilizar pedindo orações e doação de sangue para Maicon André Mota, de 22 anos, porque ele estava correndo risco de vida. Porém, apesar dos esforços da equipe que lhe atendeu e da corrente de orações, o jovem não resistiu. Uma vida interrompida pela imprudência.
Nas lágrimas de um pai que perdeu o filho no dia em que celebrou a alegria da paternidade, da mãe, do irmão, dos demais familiares e dos tantos amigos e conhecidos da vítima estava a tristeza da despedida.
Maicon foi uma das vítimas do trânsito inconsciente, do resultado que beber e dirigir pode causar. Mas ele pagou muito caro, muito mais que qualquer fiança que se possa pagar, ele deu a vida, que não tem preço, e sim um valor imensurável.
Infelizmente, diante da realidade, possivelmente o rapaz que sonhava ser professor de História não é o último que faleceu por culpa da imprudência causada pelo álcool.
Dirigir é importante, mas necessário é dirigir com responsabilidade, de que há muitas pessoas e famílias dentro dos veículos. Bens materiais são prejuízos recuperáveis, mas perder a vida é um dano irreversível.
Quantos são os pais, familiares e amigos que já passaram pela dor que os familiares de Maicon estão sentindo? Muitos, incontáveis. Saber que álcool e direção não combinam não é uma equação matemática, mas aprende-se desde a escola. Da mesma forma que certos ensinamentos e regras são compreendidos desde pequenos, é preciso a compreensão de que colocar a sua vida e a de quem por acaso (ou não) está perto de você é um ensinamento básico, essencial e que necessita estar na memória e nas atitudes dos indivíduos desde o princípio da familiarização do ser humano em casa e na sociedade.
Que a alegria de viver de Maicon sirva de exemplo do quanto é bom estar nesse mundo e aproveitar cada segundo, que sirva de alerta para o cuidado no trânsito, para que o sorriso de inocentes não deixem de existir.