Dia da felicidade é todos os dias! 
Estamos precisando mesmo comemorar esta data, porque as coisas aqui no Brasil não andam muito fáceis... Celebra-se em 20 de março o Internacional Day of Happiness. Isso mesmo, o Dia Internacional da Felicidade. É recente. Foi instituída em junho de 2012 pela Organização das Nações Unidas (ONU) em um encontro que tinha como tema "Felicidade e Bem-estar: definindo um novo paradigma econômico", A ideia foi uma iniciativa dos representantes do Butão, considerado "o país mais feliz do mundo". Ao lançar a proposta para a criação desse dia, a ideia foi aprovada pela totalidade dos membros e passou a fazer parte do calendário oficial da ONU. 
O que faz habitantes de alguns países sentirem-se mais felizes do que os de outros? Como aumentar o índice de felicidade da população? Nosso primeiro impulso é pensar em dinheiro, claro. Afinal, povo rico é povo feliz. Ou não? Está completamente enganado quem pensa que é só isso. Inclusive, países ricos tendem a ter taxas mais altas de depressão do que as nações de baixa renda. Pelo menos é o que sugere um novo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS). A autora principal do estudo e professora de psiquiatria e ciência comportamental na Universidade de Stony Brook, Evelyn, explica que riqueza (assim como felicidade) são conceitos relativos. Nos países mais ricos há muito estresse, concorrência e competitividade. Eles também tendem a ter maiores níveis de desigualdade de renda, o que tem sido associado a taxas altas de depressão e doenças crônicas, diz a pesquisadora. 
No Butão, a felicidade pode ser medida em índices oficiais. Existe até um ministério, a Comissão Nacional para a Felicidade Bruta, que cuida do bem-estar da população. Naquele reino escondido entre as montanhas do Himalaia, a renda per capita é de apenas cerca de 2,2 mil euros (cerca de R$ 9 mil). Em compensação, desde 1974 em vez de PIB (Produto Interno Bruto), é medida a FIB (Felicidade Interna Bruta). O cálculo do índice inclui o padrão de vida econômica, educação de qualidade, saúde, expectativa de vida e longevidade comunitária, proteção comunitária, proteção ambiental, acesso à cultura, bons critérios de governança, gerenciamento equilibrado e bem-estar psicológico. O FIB foi criado por um rei muito jovem, que era idealista e não queria repetir no Butão os erros que havia observado em outros países, como a falta de harmonia familiar, o excesso de consumo e a falta de cuidado com a natureza. Claro que eles também têm os seus problemas - ninguém é feliz sempre mas deve ser bom viver num lugar onde o bem coletivo está acima de todos os outros interesses. Isso, por aqui, é utopia. 
Referência: BEVILACQUA, Viviane. Dia da felicidade. Diário Catarinense. Florianópolis, 20 de março de 2016.