Lages recebe nesta semana mais uma edição do Programa Alesc Itinerante
Lucratividade através da Alface ecológica
Cerro Negro
O
produto é gigante. A alface Americana, chega a pesar em média 500 gramas. Assim o produtor Márcio Werle de Camargo espera obter alta lucratividade no momento da comercialização. Ele, numa área de aproximadamente três hectares resolveu investir na alface orgânica. Isso aconteceu pela aceitação e procura do produto nesta época do ano. "A alface é bastante consumida durante todo o ano, mas nesta época o consumo é bem maior", disse o agricultor, 37 anos, que mora na cidade, mas faz o cultivo na comunidade de Linda Vista.A escolha pelo ecológico, diz o técnico agrícola, surgiu com a certeza de que a venda seria bem mais fácil. "Os produtos orgânicos estão sendo cada vez mais requisitado pelos consumidores do País e aqueles produtores que acatarem esta idéia, automaticamente terão melhor rentabilidade em suas propriedades", recomendou.
A comercialização da alface está garantida. Esta semana uma empresa do Paraná, que acertou uma parceria com o produtor para a compra de toda a produção, faz o carregamento da primeira remessa. São os primeiros 45 mil pés entregues e a certeza do dinheiro no bolso. "Estou bastante satisfeito. Não vejo a hora de fazer a entrega dessa primeira remessa. É um estímulo extra", salientou Camargo.
A alface será comercializada a R$ 0,34. Considerando que são 45 mil pés, isso resulta num valor de 15,3 mil. Retirando o investimento aplicado na lavoura, em torno de R$ 3 mil, o lucro passa dos R$ 10 mil em média a cada 60 dias, quando o lote está pronto para ser entregue. A intenção do produtor rural é produzir em cinco lotes diferentes, assim poderá fazer a retirada do alface a cada 15 dias e aumentar ainda mais a lucratividade.
Além dele, trabalham na lavoura, a esposa, os dois filhos e mais três funcionários contratados. Os cuidados, segundo ele são bem maiores, em relação aos produtos convencionais. "É necessário detectar o problema no início, pois como os defensivos são naturais, a demora para obter o resultado é maior, se comparado aos agrotóxicos", explicou o produtor, admitindo que mesmo assim, vale a pena trabalhar um pouco mais e cultivar os produtos agro-ecológicos. "O resultado e a satisfação aparecem no momento da comercialização", ponderou.
A certificação da alface como produto ecológico também está garantida e acontece por meio da empresa Ecocert de Florianópolis, que conferiu a ele a certificação internacional.
O Prefeito Janerson Delfes Furtado, o "Téba", que apóia esse tipo de iniciativa, disse que é um exemplo a ser seguido por outros produtores. "Aqui, temos um exemplo claro, de que um pequeno pedaço de terra é o suficiente para obter lucratividade e melhorar as condições de vida no campo", afirmou o Prefeito, que pretende transformar o Município de Cerro Negro num futuro breve, na capital Catarinense do Orgânico. "Estamos incentivado para que nossos agricultores se identifiquem com a agroecologia , que gera mais lucro e a procura no mercado aumenta a cada dia", comentou "Téba".
Além da Alface, o Município se destaca na produção de Kiwi orgânico. Outras culturas agroecológicas, como de mini-milho, tomate, cenoura, pepino e figo, estão sendo iniciadas.
Deixe seu comentário