Anita Garibaldi

Quem plantou a moranga cabotiá no tarde vai ter rendimentos melhores na hora da venda do produto. Essa afirmação foi feita pelo empresário Airton Gomes de Otacílio Costa que é um dos grandes responsáveis pela compra da moranga diretamente dos produtores na região dos lagos.

Segundo ele, os preços que chegaram à R$ 0,10 o quilograma no início do ano, deverão ultrapassar R$ 0,30 centavos em algumas semanas. "Na safra anterior, os produtores que plantaram no cedo foram os grandes ganhadores, pois o preço estava em torno de R$ 0,40 centavos o quilograma. Desta vez a maioria deles optaram por plantar novamente no cedo e acabou resultado nessa grande produção e conseqüentemente o preço despencou", salientou o comprador. "Ao contrário da outra vez, quem preferiu mudar o ciclo plantando mais no tarde certamente vai ter uma rentabilidade melhor na hora da comercialização. O preço já está na faixa de R$ 0,18 centavos e a tendência e se aproximar dos R$ 0,40 nos próximos dias", complementa.

Ele afirma que seria bom os agricultores fazerem três ciclos de plantio diferentes. "A diversificação no plantio para esse tipo de cultura é importante. Assim eles vão estar correndo menos riscos no momento da venda", alerta o empresário do ramo, continuando ?os consumidores preferem produtos frescos, colhido na hora, isso ajuda bastante na obtenção de um preço melhor. Aquele negócio de que deixar estocado é rentável não existe. A moranga, por exemplo, até pode agüentar cerca de 45 dias armazenada, mas na hora da comercialização com certeza a defasagem no preço é inevitável. Nada mais para a hiper valorização do que entregar o produto, em seguida à colheita na lavoura emenda o comprador que já negociou mais de 150 mil quilos de moranga nos municípios da região.

O agricultor Aldemir Ribeiro da Costa está aproveitando a alta nos preços para entregar a safra de aproximadamente 18 toneladas colhida em uma área de duas hectares.

"O preço ainda não é o ideal, mas já deu uma melhorada em relação aos meses anteriores. Estou aproveitando essa fase para comercializar, pois não sabemos como vai ficar para frente", disse o produtor rural, que comercializou à R$ 0,18 centavos.

A grande parte da moranga produzida na região vai parar na mesa do consumidor nordestino. O Ceasa de São Paulo também se tornou um grande cliente da moranga produzida no Sul.