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Projeto de arqueologia distribui kit para os professores da região

Pinhal da Serra / RS

Aconteceu no sábado, dia 08 de setembro, a última etapa do projeto de arqueologia compensatória da UHE Barra Grande. O evento reunindo professores da rede pública foi realizado na Casa Caminhos da Serra, em Pinhal da Serra, no Estado do Rio Grande do Sul.

Na oportunidade os professores receberam informações sobre o projeto desenvolvido em todos os municípios atingidos e ainda foram contemplados com um kit contendo folheto informativo, livro direcionado aos professores com atividades que eles podem aplicar em sala de aula, vídeo contendo informações introdutórias e falando das etapas de pesquisa arqueológica e o gibi que é direcionado ao público infantil de 7 a 11 anos de idade. \"Esses materiais podem ser utilizados em sala de aula para trabalhar as temáticas de patrimônio, arqueologia e pré-história regional\", disse a técnica da empresa contratada pela Baesa para desenvolver a pesquisa arqueológica na região, Elaine Arnold.

Segundo ela, o conteúdo apresenta os dados retirados da pesquisa arqueológica, realizada em duas etapas, a primeira de 2001 a 2003 e a segunda de 2006 a 2008. Além do mais, o livro do professor está recheado de sugestões de atividades que poderão ser trabalhadas em sala de aula com os alunos. \"Todos os professores que participaram das oficinas estão recebendo esses materiais, além disso foi distribuido em todas as escolas publicas municipais, estaduais e privadas do ensino fundamental, através das secretarias de educação dos Municípios\", explicou Elaine.

O projeto iniciou em 2001, tendo a primeira etapa até o ano de 2003, com a pesquisa na área do canteiro de obras e reservatório. Durante esse período aconteceram quatro oficinas com a presença de professores dos nove Municípios de abrangência da Usina Barra Grande. Durante as oficinas os educadores indicaram a necessidade de desenvolver materiais de apoio para eles e os alunos. Mediante a segunda etapa do projeto compensatório de 2006 a 2008, foi atendido a solicitação dos educadores, com a entrega do material contendo todas as informações sobre os estudos realizados sobre a arqueologia na região.

Durante a pesquisa de campo, que compreende as duas etapas, os pesquisadores encontraram mais de 60 sítios arqueológicos, na área do canteiro de obras e do reservatório. Estes sítios são do tipo estruturas escavadas, popularmente conhecidas por buraco de bugre ou casa de índios, e as estruturas anelares, locais de cerimoniais onde eram enterrados os mortos, sítios líticos e lito-cerâmicos.

\"Os sítios líticos são locais, onde só tinham artefatos de pedra lascada e polida, já os sítios lito-cerâmicos, são locais onde se encontram objetos em pedra e cerâmica\", explicou a arqueóloga, Letícia Morgana Müller.

De acordo com a arqueóloga, as escavações evidenciaram a existência de pelo menos duas ocupações diferentes. \"A mais antiga relaciona-se a grupos que viviam da caça e da coleta. Eles eram nômades e não fabricavam cerâmicas. O grupo mais recente relacionado a ceramistas, enterravam seus mortos nas estruturas anelares. Sua economia era baseada na caça, coleta e horticultura. Estes últimos também construíam as grandes estruturas escavadas, conhecidas por casas subterrâneas, e viveram há mais mil anos atrás na região\", salienta Letícia, dizendo que os objetos encontrados ficarão sob a guarda da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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