Para quem deseja estar em contato com a natureza e ao mesmo tempo desfrutar de um cenário cinematográfico, a grande sacada é o Mirante Tropeiro Velho.

Situado na comunidade de Nossa Senhora das Graças, distante cerca de 20 quilômetros de Anita Garibaldi, o lugar se destaca por dois motivos distintos, a beleza natural, observada de forma reluzente por quase todos os ângulos, e o poder de influência do homem, sustentado bem à frente, através da esplendorosa arquitetura da Usina Barra Grande.

O Mirante Tropeiro Velho foi construído no ano de 2001, logo após o início das obras de construção da Usina.

A iniciativa partiu do próprio dono das terras, João Maria da Costa, ou simplesmente \"João Fidêncio\", como é conhecido o aposentado que ali mora, ao lado dos familiares, há mais de meio século.

Sr. Fidêncio, especialista em uma boa prosa, se diverte com a chegada das caravanas e de tantas outras pessoas, que costumam visitar o local para saborear da magnífica paisagem, bem como aproveitar a calmaria e a tranqüilidade existente no meio rural.

\"Já passaram por aqui pessoas de quase todos os continentes, e a prova está no livro de visitas que contem quase 10 mil assinaturas\", afirma ele, que procura se mostrar bastante receptivo.

O passeio é uma verdadeira aventura. A começar pela subida até o topo do morro, uma caminhada que ajuda reduzir as gordurinhas em excesso no corpo. Lá em cima uma pequena cabana rústica, porém bastante aconchegante, pode servir de abrigo para os aventureiros.

\"Não construí este lugar, pensando em ganhar dinheiro, mas para proporcionar momentos de pura emoção e adrenalina na vida das pessoas\", ressalta o proprietário, que nos tempos de juventude, exerceu a função de madrinheiro de tropa, atividade que não nunca deixa de relembrar. \"Eu tinha 16 anos de idade quando conduzi a primeira tropa de animais com cargueiros carregados de mantimentos. Até então, sempre era acompanhado de meu pai ou de outras pessoas\", sustenta o aposentando, emendando: \"Dois anos depois, com 18 anos, eu consegui com muito sacrifício comprar esse terreno, que muitas décadas depois, sem nunca imaginar, seria vizinho de porta de uma usina hidrelétrica\", brinca, sorridente.

O seu amor pelas terras é tamanha, que recusou propostas bastante interessantes de empresários que desejavam investir no lugar. \"Dinheiro nenhum compra esse paraíso de mim. Aqui está plantada a minha vida e a da minha família. Eu amo e respiro este lugar\", completa.