#forçaChape
O clima da Arena Condá no sábado (21) era de esperança, não apenas pelo verde que tomou conta do estádio com a torcida mista da Chapecoense e do Palmeiras, mas pelos sentimentos de fé e força para superar a dor da tragédia que ceifou a vida de 71 pessoas.
O futebol, sem dúvidas, é o esporte mais tradicional do nosso país, e os times são responsáveis por alimentar essa paixão. A Chapeconense tornou-se o clube do coração dos brasileiros, afinal, a tristeza do acidente aéreo sensibilizou além das fronteiras estaduais e nacionais. O mundo chorou pela Chapecoense.
Parte da nossa equipe de redação esteve no estádio, e pôde sentir a emoção dos familiares, sobreviventes da tragédia e torcedores. Estar lá remetia a imagem dos 71 cachões espalhados pelo campo debaixo de chuva, remetia à tristeza de uma cidade, de milhares de pessoas que sentiram a dor de perder alguém que amavam, assim, de forma tão cruel.
Antes do início do 'Jogo da amizade' aconteceu a homenagem aos sobreviventes: o zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel e o goleiro Jackson Follmann participaram dentro de campo recebendo a taça da Copa Sul-Americana, enquanto na cabine de transmissão da Rádio Oeste Capital, de Chapecó, o jornalista sobrevivente Rafael Henzel narrou o primeiro jogo da Chape depois do acidente na Colômbia. Os familiares das vítimas receberam as medalhas da Sul-Americana e, olhando para o céu, dedicaram àqueles que com tanta garra lutaram para conquistar esse título, mesmo não tendo a oportunidade de chegar a disputa final.
A união dos verdões mostrou quão é sublime o esporte. Quando uma das equipes marcava gol, não havia vaias, pelo contrário, ambas aplaudiam. Um empate definiu um placar de uma partida que angariou fundos para ajudar a equipe do Oeste. Bonito gesto do time do Palmeiras, que foi campeão do Brasileirão em 2016, levantando a taça justamente no jogo contra a Chape. Aquele que foi o último jogo da equipe do treinador Caio Júnior.
Na noite desta quarta-feira, 25, foi a vez da Seleção Brasileira promover o 'Jogo da amizade' e mostrar a gratidão à Seleção da Colômbia, país que tanto colaborou com os familiares das vítimas.
Gestos de tamanha hombridade são mais do que dignos de congratulações. Nosso país, nosso esporte, nossa gente merece ser ovacionada pela solidariedade. O tradicional #forçaChape é realmente verdadeiro, capaz de unir todos pelo mesmo ideal, abraçando os familiares das 71 pessoas num mesmo sentimento: esperança, de que o Verdão do Oeste permaneça a brilhar.
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