Correio dos Lagos / Editorial / A saúde do homem e o abandono do preconceito

Ultimas :

A saúde do homem e o abandono do preconceito

Editorial-425

27/11/2014 13:33

Depois do mês de outubro dedicado a conscientização contra o Câncer de Mama, conhecida por "Outubro Rosa", foi a vez do "Novembro Azul" enfatizar a importância da prevenção do Câncer de Próstata.

O mês foi escolhido, porque no dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate a este tipo de câncer, o qual atinge exclusivamente homens.

Cuidar da saúde é uma tarefa de todo ser humano, porém dados apontam que os homens cuidam-se menos do que as mulheres.

Um dos motivos para esses índices relaciona-se ao preconceito. A resistência a procurar cuidados médicos e a realizar procedimentos preventivos muitas vezes não permite a chance de cura do câncer.

A cultura de que macho é auto suficiente e que não se submete a fragilidade já levou muitos homens a deixar suas famílias, seus lares, seus amigos, enfim a suas vidas terrenas.

Homem que é homem, macho mesmo, é aquele que se cuida. Na realidade são esses os que não se redimem ao preconceito, que merecem a titulação de masculinidade.

Pensamentos homofóbicos podem acarretar a um futuro quimioterápico, radioterápico, de sofrimento, de agonia e na pior das colocações, a morte.

A medicina comprova que o método de constatação mais eficaz e precoce do Câncer de Próstata é pelo toque retal. Evidente que a realização do exame PSA também é importante, porém só diagnosticará quando a doença estiver em estágio mais avançado.

Os homens precisam desconstruir estes paradigmas, e começarem entender que a prevenção ainda é o maior aliado da saúde, bem como detectar qualquer adoecimento precocemente trará mais chances de cura ou tratamentos menos invasivos.

Com isso é importante que todos os homens a partir dos quarenta anos procurem um médico urologista e façam seus exames preventivos.

Felizmente de uns anos para cá, através de campanhas como "Novembro Azul", o sexo masculino está percebendo a importância de se cuidar e valorizar o bem mais precioso que é a vida.

Editorial