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As consequências da nova 390

 Já era tempo de da SC-390  passar por uma boa reforma. Bem, uma coisa é certa: antes enquanto não se tem a verba na mão os buracos não saem do chão, e o governador Raimundo Colombo disse, em Campo Belo do Sul, que nem que quisesse poderia ter feito a obra antes, e um dos motivos era a falta de dinheiro.

Depois de conseguir a verba, foram seguidos os caminhos para a elaboração do projeto e os processos licitatórios. Para muita gente que usa a estrada, os trabalhos demoraram para começar, mas na verdade todo o tempo levado foi necessário para se certificar que cada curva do trecho fosse bem estudada, afinal de remendos essa rodovia já está cheia. Agora, chegou a hora de elaborar um novo traço para a silhueta da via.
O trecho da SC-390 entre Campo Belo do Sul e a BR-116 foi asfaltado em 1981 e em seus 32 anos passou por uma série de reparos naquelas chamadas operações tapa-buracos. Mesmo assim, grandes e profundos buracos surgiram em diversos pontos da camada asfáltica. Esse buracos causaram muitos danos aos que passaram por eles e, quem sabe, não colaboraram para que alguns acidentes resultassem em fatalidades.
A população quer obras. Porém, a população quase sempre pede obras novas e esquecem que também é necessário conservar o patrimônio já levantado. Alguns acontecimentos recentes mostraram que as pessoas estão cientes de que podem chamar a atenção para seus anseios e exigir seus direitos. O povo daqui da Região dos Lagos demonstrou algumas vezes a urgência em ter uma boa rodovia, demonstrando que também sabem da importância de expressar seus desejos, mas será que além de exigir todos sabem que precisam cuidar?
As consequências da nova 390 lembram dos cuidados com a rodovia e com o volante. Em campo Belo do Sul, durante a assinatura da ordem de serviços para a recuperação da SC-390 foi lembrado que todos devem fazer a sua parte para ajudar na conservação da via. As placas que pedem aos motoristas para que denunciem caminhões com excesso de peso nem sempre são lidas, por estarem meio apagadas ou próximo a algum buraco que precisa ser desviado, porém elas remetem ao dever que todos têm de cuidar dos bens comuns. Se antes os cuidados eram com o automóvel, agora devem passar a ser relativos aos cuidados com a conservação da pista.
A Região dos Lagos aguarda ansiosa pelo término das obras, assim como também espera ansiosa pelo início de outras. Logo, os motoristas que passam entre Campo Belo e Capão Alto não terão mais a desculpa das más condições do trecho para justificar a falta de perícia ao volante.
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