Por João Maria
A comercialização de uma média de 8,5 mil veículos por dia, no país, incluindo sábados e domingos, levou as vendas do setor a um volume recorde superior a 3 milhões de unidades no ano de 2009, o que se constitui num fato positivo e, ao mesmo tempo, preocupante. O aumento de 10,3% nos negócios efetivados no ano de 2009, em relação ao ano de 2008. vem acenando com a perspectiva de aumento nas contratações para 20l0, reduzindo as consequências da crise econômica global nesta área. Tanto carro novo em circulação, ao mesmo tempo, porém, expõe de forma ainda mais inequívoca a falta de providências por parte do poder público para o enfrentamento deste novo fenômeno, uma situação que já provoca problemas sérios, sob diferentes aspectos, todos com tendência a agravamento a curto prazo.
Uma das consequências da expansão das vendas é a maior lentidão no trânsito. A outra é o aumento nos índices de poluição do ar, justamente em momento em que se reforçam, em todo o mundo, as preocupações com a questão ambiental. As soluções, porém, dependem de vontade política dos governantes, pois implicam decisões que só pode ser exigidas ou bancadas pelo poder público. Um aumento tão expressivo no número de veículo em circulação precisa de contrapartida à altura, com ampliação e a abertura de novas vias de circulação, para evitar as paralisações cada vez mais frequentes e mais extensas registradas hoje em boa parte do país. Simultaneamente, o poder público tem o dever de cobrar providências para a redução das emissões pelos carros, que, em muitos centros urbanos, já tornam o ar praticamente irrespirável.
Referência:
Diário Catarinense – n. 8.641 – Ano 24 – 22/12/09 – p. 10 (Editorias)
Deixe seu comentário