Doce Inocência ? Parte II
Enquanto o jovem contemporâneo passa por uma fase em que suas atitudes irresponsáveis refletem a consciência fragilizada sobre o que é civilidade.
Enquanto o jovem contemporâneo passa por uma fase em que suas atitudes irresponsáveis refletem a consciência fragilizada sobre o que é civilidade, nos deparamos com leis que visam a proteção da criança contra os próprios pais, como é o caso do projeto de lei nº 2654/03 que pune os pais que derem uma simples palmada nos filhos e que divide os especialistas além de provocar espanto nas famílias, que o consideram absurdo. Educação só na base da conversa é o que querem os políticos que tomam as dores das palmadas na criançada birrenta, mas a diplomacia nem sempre funciona e é aí que entra a dúvida, bater ou não bater? Eis a questão. A criança precisa saber que existe alguém mais forte do que ela, alguém que a imponha limites, que cause o temor com intuito de defender dos perigos maiores, sem exagerar no autoritarismo, mas isso não precisa ser feito necessariamente com a palmada. Funciona assim com os adultos também, afinal o que são as leis senão grandes mães que protegem seus filhos a partir do temor às consequências. Muitas vezes elas são como um banho de água fria, mas muitas outras são como um grande "tapa na cara". Imperando entre a palmada, a conversa, o castigo ou qualquer outra forma de repreensão, está algo que podemos dizer como fundamental para a sobrevivência de qualquer grupo, não somente familiar, é o respeito. A marca da palmada não agride fisicamente, mas sim psicologicamente. Não afirmamos que possa ser superada momentaneamente, mas há o conhecimento de mundo adquirido com o passar do tempo que mostra qual a verdadeira intenção dos pais praticantes desta ação. É preciso um freio na indisciplina. Um freio que sirva para alertar a criança sobre as consequências de seus atos, enquanto este freio for a palmada, alguns pais só poderão orar para não receberem uma surra da nova lei.
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