logo RCN

Gente grande

  Crianças não devem ser subestimadas. Essa é uma regra sem exceção. Crianças, embora mais frágeis, aprendem com uma velocidade muito maior do que um adulto consegue aprender. Como somos ingênuos ao tatibitatear com bebês enquanto eles nos olham e pensam: “será que serei tão estranho assim quando crescer?”.

Observem casos recentes de crianças que têm chamado a atenção pelos seus feitos. Isadora Faber, de treze anos, administradora da página “Diário de Classe”, destacou-se tanto no meio virtual como em toda a imprensa nacional por causa das críticas (positivas ou não) sobre sua escola e a educação brasileira. Com essa ação, ela conseguiu chamar a atenção de mais de quinhentas mil pessoas que curtem sua página na internet.
Com o passar do tempo, porém, Faber começou a noticiar coisas que vão muito além das carteiras e portas quebradas em sua escola, uma vez que se viu obrigada a procurar ajuda para defender a si e a sua família dos atentados dos quais eles têm sido vítimas desde que a jovem começou a denunciar os problemas com que se deparava. Assim como aprendeu a se expressar ela teve de aprender a se defender e a sofrer com as consequências da fama que carrega, porém continua com suas denúncias e elogios sobre o sistema educacional brasileiro, e recentemente entrou para a lista dos 25 brasileiros que merecem destaque pelo jornal inglês Financial Times.
O lugar de destaque dado pelo jornal mostra que a idade não é um empecilho para se despontar entre os demais, mas, sinceramente, quantas pessoas poderiam ocupar esse lugar por denunciar situações que deveriam ser bem mais relevantes para um país que se diz rico. Falhas na educação já deveriam ter sido resolvidas a tempo, contudo o país inteiro precisa de uma menina para mostrar que a situação não está boa, fato que mostra que esse mesmo país não se importa realmente com a situação na qual se encontra. Educação ainda é um tema que continua em pautas secundárias nas discussões fora da página dessa menina, que já fez mais do que muita gente em anos de uma democracia subdesenvolvida em eterno desenvolvimento.
É melhor parar de subestimar as crianças. Elas são capazes e estão aptas a receberem a educação que precisam, um ensino que as instigue a desenvolver-se.  É de educação que o país precisa para se sobressair realmente entre as demais nações e deixar para trás esse papel coadjuvante que tem encenado.
 
Anterior

Mulheres, homens e igualdade

Próximo

Unidos eles pedem justiça

Deixe seu comentário