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Independência quando?

Em 7 de setembro de 1822, às margens do Riacho de Ipiranga, Dom Pedro de Alcântara ergueu sua espada e gritou: "Independência ou morte" e assim rompeu os laços de uma união dependente de Portugal, do qual o Brasil era colônia.

Essa data é considerada uma das mais importantes comemorações realizadas no país, pois a partir dela ficamos independentes e começamos a caminhar com as nossas próprias pernas.

O enfraquecimento do sistema colonial e a vinda da família real portuguesa para o Brasil foram os primeiros passos para iniciar um movimento libertário que ainda não acabou, embora os objetivos tenham variado através dos tempos.

Há 189 anos estamos livres de Portugal e somos considerados um país com liberdade para fazer nossas próprias escolhas, graças a Dom Pedro, pintado de uma bravura sensacionalista e exagerada na obra de Pedro Américo (1888) intitulada Independência ou Morte, também conhecida como O Grito do Ipiranga.

Todos os anos o povo comemora, demonstra o seu patriotismo e o amor pelo seu país, mas se hoje estamos certos em comemorar a quebra de nossas ligações coloniais com os portugueses, não podemos estar tão convictos quando nos referimos a liberdade em outros sentidos, afinal o medo que a sociedade tem dela mesma a encarcera em suas casas – prisões particulares. Vivemos em um país que se diz de todos, uma democracia, mas nem sempre temos espaço para expressarmos nossos pensamentos. Nossa independência depende da liberdade que temos em mãos e da consciência sobre como vamos usá-la.

Antes de tudo, ser independente é ter garantido o direito de ir e vir, o qual proporcionará possibilidades de comprar o que queremos, trabalhar com dignidade e onde queremos, dar uma boa educação aos nossos filhos – ou pelo menos tentar melhorá-la.

Nesses 189 anos muita água rolou, muita coisa mudou, mas continuamos "prisioneiros", não de Portugal ou qualquer outra nação estrangeira, mas sim da censura e do comodismo.

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