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Ladrões de sangue

 Diariamente. Ao ligarmos a televisão durante o jornal, vemos diversas notícias e matérias especiais sobre os acidentes de trânsito que ocorrem com uma frequência preocupante não somente no estado como também em todo o país. Santa Catarina, inclusive, é um dos estados brasileiros que mais sofre com este tipo de problema.

A esmagadora maioria dos casos de acidentes de trânsito é causada pela falta de consciência, imprudência, combinação de álcool e volante, mas também não podemos deixar de lado o fato de que as rodovias brasileiras não correspondem com nosso título de país rico, título este que cheira a naftalina ao mesmo tempo em que é visto como recém alcançado.
Geralmente acidentes de trânsito trazem conseqüências que vão além de qualquer arranhão. Em muitas situações os acidentes resultam em casos de internamento em estado de emergência, onde geralmente é necessário um cuidado prolongado.
O sangue que foi coletado esta semana em Anita Garibaldi, sem dúvida poderá servir para ajudar pessoas que passam pelos hospitais enquanto se recuperam de acidentes ocorridos enquanto dirigiam. Vale ressaltar outra vez que o motorista é o maior responsável pelo número de acidentes no trânsito, lembrando ainda que este mesmo motorista imprudente é responsável por outras vidas além da sua.
Agora, acompanhem o pensamento: geralmente profissionais da saúde que trabalham com campanhas de doação de sangue, aparecem pedindo que as pessoas doem, uma vez que os bancos estão com poucas reservas. Isso é uma realidade inegável. Do outro lado da situação estão os acidentados precisando de sangue, assim como pessoas que tem que passar por cirurgias complexas e outra que por diversos motivos orgânicos precisam de uma doação. Parece ser injusto que algum bêbado irresponsável receba o sangue que poderia estar circulando nas veias de uma pessoa hemofílica, por exemplo. Motoristas inconseqüentes são como vampiros, ou pior: ladrões de sangue.
Houve um tempo em que a doação não era muito praticada, e embora hoje em dia seja uma ação mais frequente, ainda há a necessidade de campanhas para que se possam repor os bancos de sangue. Estas campanhas além de favorecer à coleta também nos faz lembrar de uma necessidade iminente: ajudar o próximo (mesmo que este próximo possa te acertar a 120 por hora na próxima curva).
 
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