Liberdade quando?
Um raio de luz iluminou o Rio. Não, não é luz de esperança. É o tiro de algum fuzil rasgando o céu carioca.
Um raio de luz iluminou o Rio. Não, não é luz de esperança. É o tiro de algum fuzil rasgando o céu carioca. "A vizinhança dessa massa, já diz que não aguenta. Nas entradas da favela, já tem ponto 50". Para os que se fingiam de desavisados, um recado foi mandado com o Rap de Mc Cidinho e Mc Doca, Morro do Dendê, ou Rap das Armas, que fiou conhecido pela realidade cantada, e agora realmente exposta a todos através da imprensa colada nos oficiais nesses últimos dias. Mas parece que alguém percebeu que é hora de agir. Depois do domínio de traficantes por décadas nos morros, os homens da lei resolveram atacar, ou melhor, contra atacar, os criminosos. Afinal eles deixaram seu mundo de ruas estreitas, becos e escadarias e começaram literalmente a invadir as grandes avenidas. A coisa toda demonstrava a falta de controle do estado expondo para o mundo uma das piores faces da sede ds olimpíadas. Mas não precisava esperar até os dias de hoje para que houvesse tamanha batalha. Por que isso não foi feito antes? Vai ver que é por isso que o crime é organizado, tiveram muito tempo para firmar bases bem sustentadas, inclusive pelos próprios policiais em alguns casos. Não adianta dizer que um monte de defensores do estado invadiu tal favela e controlaram os bandidos, libertando a comunidade. Temos que esperar que os trabalhos da polícia não parem por aí e também que os bandidos não sejam libertados, quebrando assim as estranhas normas da justiça brasileira, que mata o conceito de liberdade enquanto quebra o significado de "preso". Temos que estar conscientes de que não é só no morro do Alemão que tem problemas. E não podemos deixar a situação sair de controle como aconteceu por lá. Não pensem que é porque vivemos em uma região de municípios pequenos, que não há traficantes, crianças trabalhando, menores num mundo de álcool, cigarro e explorações das mais diversas formas. Por enquanto ainda não temos nenhum jornalista assassinado, mas temos que tomar cuidado, até porque as ameaças absurdas vêm de onde menos esperamos. Cada um pode fazer a sua parte para defender a ordem pública, e denunciando qualquer possível delito é a forma mais segura de todos colaborar. Vamos colocar a bandeira do Brasil no mais alto topo de discórdias e problemas sociais, para que ela não sirva somente como significado de vitória, mas cumpra com seu papel de imperatriz da pátria, derrubando a cegueira fajuta que ainda domina a nação.
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