Novos conceitos
Cadeias, presídios, penitenciárias. Seja qual for a descrição, em qualquer situação, a primeira coisa que nos passa na cabeça quando ouvimos uma dessas palavras, é prisão.
Cadeias, presídios, penitenciárias. Seja qual for a descrição, em qualquer situação, a primeira coisa que nos passa na cabeça quando ouvimos uma dessas palavras, é prisão. Com certeza grande parte dos leitores deste jornal teme a lei e repudiam a remota possibilidade de ir parar atrás das grades, pois são pessoas de bem, cientes de que a ficha criminal faz parte de uma etiqueta social, que fica costurada para sempre na pessoa. Óbvio que sempre tem os do contra. Ter comida e um teto de forma fácil e segura é o que todos desejam, e por incrível que pareça tem gente que vê isso na prisão. Mas, remetendo-nos ao editorial da edição anterior, veremos nele escrito que a justiça brasileira quebra o significado da palavra "preso". Bem, de acordo com o dicionário da língua portuguesa, temos: "preso:s.m. indivíduo encarcerado; prisioneiro; presidiário." Esta é a descrição mais correta, na nossa opinião, mas ao invés disso, ultimamente podemos assim conceituar essa palavra: "Preso: indivíduo que entra e sai da prisão com a desculpa de trabalhar, a fim de fingir liberdade e enganar a sociedade representada pela lei". Citamos essa concepção nada utópica, lembrando a matéria dos jornalistas/investigadores do programa Fantástico, exibido pela Rede Globo, onde foi divulgada a falcatrua que alguns presidiários faziam para sair da prisão, em situação de regime semiaberto. Uma falta de profissionalismo por parte dos responsáveis por estes indivíduos. Já que existe o tal regime semiaberto, que seja cumprido com a finalidade a ele destinado. E então vemos por ai alguns sociólogos, ou metidos a entender da sociedade, que dizem que este é um exercício de reinserção do meliante na sociedade. Reinserção se dá através de educação, apresentação de regras sociais, exercícios de conduta, não através de prêmios por estar aprisionado por determinado tempo ou porque se comportou direito, afinal, esteja onde estiver, a regra é comportamento. Mas como as mudanças são lentas na Pátria Amada, só podemos rezar para não nos depararmos, em uma praia ou fazendo compras no mercado, com um dos traficantes presos no Alemão, enquanto eles deveriam estar "trabalhando". Há sempre questões e dúvidas sobre os conceitos, afinal eles podem variar de pessoa para pessoa, mas o que não pode variar é a decência e a lógica social.
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