Novo fôlego para o campo
Há toda uma questão de conformismo que cerca o ser humano. A tendência é de que quando se encontra uma zona de conforto, permanece-se nela o maior tempo possível. Isso é normal, afinal, quem não gosta de sentir-se bem consigo em seu ambiente? Porém, para muitas pessoas tudo parece estar envolvido em uma grande conspiração contra o conforto e seus relativos benefícios. É este contexto que gera relativo descontentamento e movimentação para possíveis novos ares, os quais nem sempre são melhores, mas sempre são atraentes. O êxodo rural faz parte desta movimentação em busca de melhores qualidades de vida. Agricultores vendem ou abandonam suas terras a fim de conseguir plausíveis condições de conforto, falando financeiramente ou não. A saída do homem do campo para a cidade deve-se por diversos motivos, os quais quase sempre interferem no fator financeiro. Afinal, não é porque uma pessoa mora no campo que não precisa ter dinheiro, uma vez que hoje em dia o papel moeda é o combustível para o mundo, seja urbano ou rural. A partir da década de 60, uma penca de pessoas saiu do campo e foram às cidades que emanavam oportunidades, as quais nem sempre eram acessíveis para todos. No campo, a mecanização nas fazendas fez com que milhares de postos de trabalho fossem perdidos, enquanto milhares de barracos e casebres foram construídos nas cidades, promovendo um inchaço urbano, principalmente em cidades que hoje são grandes metrópoles. Entretanto, aos poucos o quadro foi se revertendo. Uma movimentação inversa ocorreu. Muitos dos que vivem no campo hoje ganham o pão de cada dia com atividades não exclusivamente agrícolas, dando aquele famoso jeitinho brasileiro, como acontece em Cerro Negro, onde moradores do campo têm produzido madeiras beneficiadas para o uso em suas propriedades, o que diminui gastos com este tipo de material. Tudo se deve às políticas de ajuda para o desenvolvimento agropecuário, as quais promovem a permanência de diversas famílias no campo através de créditos específicos para financiar a produção, além do suporte técnico proporcionado por empresas como a Epagri, as quais sempre estão envolvidas com projetos que ajudam o homem do campo a desenvolver seu trabalho, como o Programa de Desenvolvimento da Pecuária de Corte, apresentado recentemente aos produtores rurais da região. Hoje em dia o campo pode ser novamente uma zona de conforto, onde o desenvolvimento chega a cada dia mais rápido proporcionando aos habitantes da zona rural uma vida cada vez melhor e mais desenvolvida.
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