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O medo da violência aguçado com a falta de proteção

Os dois assaltos ocorridos em agências bancárias (Banrisul e Banco do Brasil) simultaneamente na cidade de Esmeralda deixaram a população amedrontada. Em uma cidade com pouco mais de três mil habitantes onde a calmaria costuma ser um dos principais aspectos, presenciar fatos violentos como aqueles, que envolveram pessoas como reféns, são realmente assustadores.
Não que em cidades maiores atos dessa natureza não provoquem pavor, mas é que, infelizmente, são mais comuns.
Todavia, Esmeralda não é o primeiro município pequeno nas proximidades da Região dos Lagos que tem passado por essa situação de assaltos a agências. E também não é o primeiro assalto a agência do Banrisul no município.
A população esmeraldense mostrou descontentamento com a pequena quantidade de policiais que estiveram no local durante as ações dos bandidos, tanto no arrombamento ocorrido no dia 07 no Banco do Brasil quanto nos assaltos do dia posterior.
A culpa seria do problema do baixo efetivo de policiais nas cidades de menor número de habitantes? O pequeno efetivo de algumas organizações policiais não está necessariamente relacionado a uma redução da sua eficiência, eficácia ou efetividade. Mas é lógico que quanto menos policiais em relação à quantidade de habitantes será menor a qualidade da segurança. Cada policial atendendo um número menor de pessoas, garante a prestação adequada dos serviços policiais, sejam estes de natureza ostensiva, investigativa ou outra.
A justificativa sobre a redução do efetivo deve-se a grande quantidade de policiais que se aposentaram e os novos profissionais que passaram a compor as repartições policiais não atenderam ao mesmo número dos que saíram. Sendo assim, os centros maiores possuem mais policiais do que os centros menores.
Num país em que somos ensinados a não reagir a um assalto, haver precariedade de policiais, daqueles que oferecem segurança a população, é estar realmente exposto ao perigo. Pensar que os tantos incontáveis "bandidos" existentes em nosso país podiam ter tomados caminhos diferentes, que ao invés de estarem roubando e praticando tantos atos desumanos e ilegais, poderiam sim era estar contribuindo por uma sociedade mais justa e de melhor convivência. Cabe aos cidadãos se precaver, ao poder público dar condições de proteção e a esses que semeiam o medo e a desgraça a consciência do mal que estão fazendo. 

 

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